Artigo de Opinião (12-7-1888)
Concessão do DIREITO DE VOTO PARA AS MULHERES (França).
.. E todavia, se as mulheres já frequentam o liceu e hão-de ser doutoras, entendidas em desvairadas ciências, pedagogas e físicas, cronólogas e geógrafas, não se compreende bem como não hajam de saber discernir qual é o candidato preferível e que políticas quadram melhor à governação da República(*).
E desde que tenham a faculdade de escolha pelo voto, não se compreende também porque é que, sendo eleitoras, deixarão de ser elegíveis.
.. Curvando-nos amavelmente, dcedamos o paso às doutoras e às políticas:
- Experimentem, minhas senhoras! E, quem sabe? talvez arranjem isto melhor do que nós, porque a língua foi sempre um dos fortes da mulher.
(OLIVEIRA MARTINS, em "O REPÓRTER")
(*)Referia-se à República Francesa e não a Portugal, na época ainda Monarquia Constitucional.
(*)Referia-se à República Francesa e não a Portugal, na época ainda Monarquia Constitucional.
Isto foi escrito em 1888, mas ainda agora, passados que são mais de 100 anos, depois de todas as provas dadas por muitas mulheres, se ouve frequentemente a velha frase: "E se fosses para casa coser as meias do teu marido"!
ResponderEliminarComo vês, não mudou muito.
Maria
Como me lembro ainda deste colégio, a que a maioria do Pessoal da Porcalhota não tinha acesso (tirando um ou dois preveligiados), e aquela palmeira que na foto ainda se vislumbra.
ResponderEliminarSeve