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terça-feira, fevereiro 22

Elmano Sadino

Manuel Maria Barbosa du Bocage

Um comentário d'O Cristo – “De onde viemos? Para onde vamos? Onde é que isto vai parar?” – colocado no anterior Post "Socrates ou Santana", fez-me recordar o meu Professor da 4ª Classe no Colégio Lusitano (o Sr. Pinto, morava junto à Praça de Queluz) e um episódio que ele contou numa aula de Português.
É espantoso, ainda hoje me pergunto porque é que fixei para sempre uma coisa, tão sem importância. A mente humana, a memória, a imaginação, têm meandros estranhos! Mas adiante, a história que ele contou:
- Nos tempos que sucederam à Revolução Francesa, a polícia política (já havia PIDE em 1790) do Intendente Pina Manique, procurou controlar os movimentos dos intelectuais (esquerdistas) em Lisboa. Uma certa noite no Chiado o nosso Bocage foi abordado por um encapuçado que lhe aponta uma pistola e pergunta ameaçador:
- "Quem és, d’onde vens e para onde vais?"
Resposta pronta do Poeta:
Sou Bocage, Poeta fecundo.
Venho do Café Nicola.
E vou p’ró outro mundo,
Se disparas a pistola.

2 comentários:

  1. Pina Manique - hoje toda a gente reconhece o nome do criador da Casa Pia de Lisboa.
    Mas este aprendiz de Salazar, tem em Lisboa outro local que homenageia e muito bem, a sua memória: O Largo do Intendente.
    E esta, hein?

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  2. É verdade sim senhor!
    Intendente Pina Manique. Um grande homem, mas também um grande filho da ... mãe!!!
    Já Bocage não sou!
    Como versejava o Xico Luis, citando Mário Pereira:

    Da minha janela à tua
    Vai um passo de distância
    Tem cautela, não escorregues
    Nessa casca de melância

    Atenção ao trocadalho do carilho
    Quim

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