terça-feira, outubro 11

Fanfas, parte I


Cães de guarda no portão do cemitério - Mosteiro de Pitões das Júnias.

Fanfas e o Lobisomem
Não sei se o elemento extra-humano nesta estória era o tão falado Lobisomem da Porcalhota, mas era, pelo que me disseram, um lobisomem e passou, pelo menos naquela noite pela Porcalhota, para grande azar do amigo Fanfas.

O Chico, mais conhecido por Fanfas, devido à maneira um tanto esquisita de falar, aos 25 anos ou ainda morava com a Mãe e o Pai (o velho Ti Luís) num aglomerado de casas e quintais, nas traseiras da Quinta do Assentista, ao cimo da Trav. da Quinta do Pau.
A Travessa que começava na Estrada dos Salgados, era uma rua empedrada de grossas pedras negras polidas, ladeada por altos muros que protegiam as Quintas do Pau e do Assentista. Por causa destas características, era a rua preferida dos putos para jogar ao cagalhão.
Nesta rua a iluminação pública resumia-se a um simples candeeiro, a meio do caminho na curva em frente ao portão da quinta do Pau, que eu recordo bem porque ficava mesmo a jeito do pessoal trepar para ir à chinchada das nêsperas que cresciam apetitosas mesmo ali por cima da borda do muro da quinta da Senhoria.
Mas, como não podia deixar de ser numa história destas, era noite de Lua Cheia sem nuvens nem eclipse de modo que, o nosso amigo Fanfas via perfeitamente o caminho empedrado, no regresso a casa depois de mais um bagacinho na Parreirinha da Porcalhota.

12 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

O Chico Fanfas não era o do presssssunto?
Quim

11/10/05, 08:57  
Blogger O Bicho disse...

Não, o Chico também falava assim fãfam, como esse gajo, mas só um bocadinho, e desapareceu 10 anos antes de abrir o Café Painel, do Amaro.

11/10/05, 09:59  
Blogger O Bicho disse...

Este Fanfas, nunca chegou a conhecer um Café. Viveu e morreu com a Parreirinha da Porcalhota V, sem nunca sair da velha, clássica Porcalhota, saloia, de gente dedicada ao "campo".
Nem sequer assistiu ao grande "boom" de desnvolvimento industrial local, que começou com a criação das grandes fábricas SOREFAME e ALFREDO ALVES.

11/10/05, 10:07  
Anonymous Anónimo disse...

Mas havia um fulano, julgo que era conhecido por Fanã, que tinha uma deficiência no céu da boca (ou na lingua) e que foi durante muitos anos empregado do bar da SFRAA. Foi esse que morreu?
Quim

11/10/05, 11:10  
Blogger O Bicho disse...

É verdade, havia um Fanã na SFRAA e na Pedro Franco, mas também não era esse o herói desta velha história da Porcalhota.

11/10/05, 11:22  
Anonymous Anónimo disse...

Sim senhor.. O tal de Fãfam ( Sr. António ) lembro-me de ele trabalhar na Bertrand, como motorista, (ainda lhe gamei alguns livros do Michel Vaillant). Chegou a ser Ciclotorista na SFRAA e nao sei se algum dia foi também director, esse não tinha céu da boca. Mas acho que ainda não morreu. O Fernando Jorge saberá dizer!! Vou-lhe perguntar.
Pantas

11/10/05, 16:47  
Anonymous Anónimo disse...

Padecia daquilo que se chama Lábio Leporino (lábio superior como o da Lebre) associado como é costume a uma Fenda Palatina (comunicação do céu da boca com o nariz).
Este síndrome, era frequente, como ainda é hoje. Só que agora o tratamento (cirurgia) feito antes dos 4 anos, é fácil e é barato.
OBicho

11/10/05, 20:00  
Anonymous Anónimo disse...

Meus amigos é com muito gosto que leio estas e outras hestorias da porcalhota.

o sr.do pressssssssunto,morava por cima da loja do Maldonado.
ok
Marcelo

11/10/05, 21:44  
Anonymous Anónimo disse...

Oeiras,Felgueiras,Gondomar.é muito melhor escrever sobre os tempos do Café Painel,onde em 1971 foi feita a minha fésta de despedida (ULTRAMAR), SFRAA,GRANDES MATINÉS,
OS PLUTÓNICOS,OS ATMOS,OS FÁCHOS,O ANTÓNIO CALMEIRÃO,O XICO LUIS,JULIO CÉSAR,O QUIM,LUIS, ZÉ SILVA e muitos outros.
Belos tempos,isto era uma MARAVILHA

Marcelo

11/10/05, 22:11  
Anonymous Anónimo disse...

foi pena eu não ter conhecido esse grupo para irmos todos juntos aqueles bailes de antigamente dancar o tango o twiste,cha-cha-cha,o zorba o grego etc.etc.e eu a passar de braço em braço,que maravilha com os meus 48 quilos até voava dava cabo dos atmos,do António Calmeirão,do Xico,doCesare todos os outros era até cair energia não me faltava, não sei se ainda era capaz,mas com os meus 85 kg era dificil,mas não impossivel é o que me falta para abater,pois o azar da gordura foi ter parado no tempo e estar a morrer socialmemte pois a cara metade é apagada e pé de chumbo que tristeza, agora é tarde para mudar quem comeu a carne terá que roer os ossos, adeus malta tenho mais que fazer, vida de mulher não é facil. Maria gorda, mas, só em algumas partes. beijos amanha ha mais

12/10/05, 08:35  
Blogger O Bicho disse...

Obrigado, Maria pelo incentivo. Eu tenho muito mais para escrever, mas não publicar muito texto num só dia de blog, fica um pouco pesado para o Pessoal ler.
Isto, 2º opinião dos especialistas de comunicação Internet.

12/10/05, 09:59  
Anonymous Anónimo disse...

Adeus e obrigada Luís por teres inventado este blog,beijinhos da Maria gorda.

12/10/05, 14:56  

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