Nota de Viagem - 4
O Castelo de Aljustrel,
do qual restam apenas vestígios no outeiro da Sra. do Castelo, foi arrebatado aos Infiéis (tal como outras praças fortes do Alentejo e Algarve) por D. Paio Peres Correia, em 1234.
D. Paio, era um homem do norte!
E quando ouviu dizer que nos Algarves havia belas praias e terrenos bons e baratos para vender aos Cruzados, camones que ali aportavam (à ida e à volta) no caminho da Terra Santa de Jerusalém, disse para os seus ajudantes:
-"Bamos imbora, pessoal, bamos lá correr cum aqueles morcões dos Mouros de lá p'ra fora, carago!"
Reuniu os capangas lá em Barcelos e veio por aí abaixo desenfreado danadinho p'ra porrada; e a coboiada começou logo ali em Paio Pires (Seixal) e foi tudo a eito até lá baixo a Albufeira; cacetada nos Sarracenos até enxotar os coitados de regresso à outra banda, para lá do mar de onde tinham vindo.
(Obs.:) Diz uma lenda regional, que antes de se abrir o caminho para os Algarves, houve uma tentativa de instalação de uma praia, num lugar perto de Aljustrel. Foi muito falada no Século XIX - a Praia de Messejana.
Recordando alguns momentos (mais ou menos bons) da minha juventude, passados nesta vila, revisitei as velhas Minas, bem conhecidas de alguns moradores da R. Pedro Franco e onde alguns acabaram sofrendo de Silicose como o Pai do nosso amigo Zé Machão.
1 Comentários:
Esta foto faz-me recordar a minha infância, pois também eu fui criado num couto mineiro (Minas da Panasqueira) local este, donde felizmente não sairam muitoa panascas.
Esta expressão de "felizmente" não está muito correcta porque um "desvio", não tem nada de feliz ou infeliz. É-se, mais nada.
A doença da silicose, contraída pela absorção de pó nos pulmões, acabava por tirar cedo do mundo dos vivos, aqueles que tinham a ousadia de profanar as entranhas da terra, onde a vida é efémera e a noite precede a noite.
A minha vénia, aos mineiros de todo o mundo.
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