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quarta-feira, outubro 29

Postal do Tejo 40


No caminho de regresso à minha cidade, (ainda) com vista para o Tejo, fico extasiado, absorto na contemplação da paisagem - faltam-me as palavras.

As palavras que agora não tenho aqui à mão para escrever, descrevendo aquilo que já muitos poetas antes, disseram acerca da promiscuidade de sentimentos, gerados pela relação íntima entre Lisboa e o Tejo.

«Como seria Lisboa sem o Tejo... o que seria Lisboa sem o Tejo...»

6 comentários:

  1. Já são mais de 5.300 ASSINATURAS na PETIÇÃO PÚBLICA contra a PAREDE DE CONTENTORES NA MARGEM DO TEJO - LISBOA.
    assine em http://www.gopetition.com/online/22835.html

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  2. A questão resume-se numa palavra ABUSO.
    Essencialmente, pelo alargamento de concessões sem concurso público e em circunstâncias suspeitas (muito!).
    Pela construção e ocupação indevidas de espaços que impedem o acesso das pessoas ao rio, em clara violação de todas as promessas de devolução do rio á cidade.
    E pela demonstração cabal de que, para os nossos governantes, vale (apenas!)o principio do "posso, quero e mando", em descarada indiferença pela vontade expressa dos contribuintes.
    A desfaçatez e a impunidade que grassam nesta terrinha só deve ter correspondência nalguns Estados africanos e sul-americanos.
    Emparedar Lisboa é uma asneira imperdoável - e ainda mais imperdoável é nós não fazermos nada.
    Eu já assinei (1094)

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  3. Lisboa não é menina sem o Tejo. O Tejo não é rio sem Lisboa.
    ... porque nós assim o queremos!

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  4. Lisboa, não seria Lisboa sem o o Tejo. E Portugal, sem Lisboa, não existiria.
    Sem o Tejo, não haveria Descobertas. Sem o Tejo, não teriamos sido, o país que fomos. Sem o Tejo e Lisboa, não haveria os teus postais.
    Maria

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  5. Atenção XL.

    "...vejo do cais contentores na minha velha Lisboa..."

    jc/

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  6. FERNANDO
    PESSOA

    Poemas de
    Alberto Caeiro

    O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia,
    Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia
    Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia.

    O Tejo tem grandes navios
    E navega nele ainda,
    Para aqueles que vêem em tudo o que lá não está,
    A memória das naus.
    O Tejo desce de Espanha
    E o Tejo entra no mar em Portugal.
    Toda a gente sabe isso.
    Mas poucos sabem qual é o rio da minha aldeia
    E para onde ele vai
    E donde ele vem.
    E por isso porque pertence a menos gente,
    É mais livre e maior o rio da minha aldeia.


    Pelo Tejo vai-se para o Mundo.
    Para além do Tejo há a América
    E a fortuna daqueles que a encontram.
    Ninguém nunca pensou no que há para além
    Do rio da minha aldeia.


    O rio da minha aldeia não faz pensar em nada.
    Quem está ao pé dele está só ao pé dele.


    Alberto Caeiro


    Desemprego no Vale do Cávado
    Situação pode tornar-se pior que a do Vale do Ave.

    Só em Barcelos, nos primeiros quatro meses deste ano, encerraram 14 empresas. Neste concelho já há mais de 4 mil desempregados e no de Braga mais de 10 mil. Em Famalicão também cresce o desemprego. O próprio presidente da câmara de Barcelos avisa que a situação no Vale do Cávado se pode tornar ainda pior que a situação no Vale do Ave.
    é de prever que os desempregados na região venham a ultrapassar os 30 mil.

    O vale do Tejo, o vale do Ave, o vale do Cavado, o vale do ...
    EU QUERO QUE OS CONTENTORES SE FODAM
    XL

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