sexta-feira, outubro 28

Fim de Semana 307


Foi mesmo há bocadinho, a bordo do "Praia da Trafaria",
que captei este (sempre espetacular) pôr do sol na foz do Tejo.

Enquanto fazia fotografias, ia pensando cá mim:
«Caramba, que maravilha. Gostava de ser poeta para descrever cantando, momentos como este.
Atravessar o rio da minha cidade (por apenas 1,05€) instalado no convés descoberto de um cacilheiro (tão velho quanto eu), ao fim da tarde de um dia como o de hoje, com bom tempo, é um prazer que... só visto, melhor dizendo, SÓ VIVIDO!!!»
Pena é que os incompetentes que vão comandando a economia nacional, andem a preparar o fim desta carreira Belém-Trafaria.»
Pronto, deixo aqui a lembrança de um belo momento para começar mais um BOM FIM DE SEMANA!

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5 Comentários:

Blogger Maria disse...

Bicho
Façam o quiserem "Mas o Tejo é sempre novo". E lindo.
A foto, de tão bela, comoveu-me.
Tu és o "Poeta das imagens", amigo.
Beijinho
Maria

29/10/11, 10:45  
Blogger O Bicho disse...

Obrigado pelo elogio. Gostei.
No entanto o melhor desta fotografia está, digamos que, colado por trás
- os cheiros: a aragem que sopra da terra, a esta hora e neste lugar, mistura-se com a maresia, com o odor a óleo e gasóleo que sai pela chaminé e exala lá de baixo da casa das máquinas do barco;
- os sons: o resfolegar da esteira de água que sai da ré, o chapinhar do casco contra as pequenas ondas do rio, o pio de uma ou outra gaivota que discute com outra a posse de um resto de comida, o ronronar dos motores e a trepidação de um ou outro componente dos bancos e janelas do navio...

29/10/11, 18:06  
Blogger Maria disse...

Bicho
Tudo isso se pode imaginar através da tua foto. Não é o mesmo, concordo. Mas quem tem a memória dos sons, dos cheiros, como eu, quase chega lá. Os cheiros de Lisboa e do Tejo, os cheiros misturados, tudo isso, está-me sempre na memória. Com Tomar e o Nabão, acontece-me o mesmo.
Até o cheiro a gelados da Piazza Navona, está guardado no baú das memórias da Maria. Sou romântica, guardo tudo, material e imaterial.
Cheiros de casas, luz de um dia especial, tudo se encontra e, me faz reviver a minha vida toda.
Sabes? No dia que conheci o João, chovia um pouco. Pairava no ar, um cheiro a maresia misturado com relva molhada, havia raios de sol que, queriam romper as nuvens. Sei que, eu vestia umas calças brancas e uma blusa branca e, ele, calças de ganga e camisa de quadrados azuis. Só não me lembro do que ele disse, porque não falou. Eu também não. Parecíamos dois parvinhos, olhando um para o outro. Tudo começou assim, Bicho. Posso não ter tido tudo o que sonhei mas, vivi (vivo) um grande amor.
Olha no que deu o Tejo! Contei-te uma história de amor que, não vinha nada a propósito.
Isto já é senilidade, não ligues. Está ali, olho para ele e, vejo ainda o rapazinho, por quem me apaixonei, num dia de Santo António de 1966.
Desculpa a seca.
Beijinhos
Maria

29/10/11, 19:57  
Blogger O Bicho disse...

Nada de "seca" nessa descrição. Até teve chuva e tudo. Para além do mais, estou mesmo a imaginar a cena, anos 60, o meu amigo João que é de poucas falas... um abraço para ele.
Olha, por coincidência também eu, não esqueço essa mesma noite do Santo Padroeiro, 1966. Correu bastante mal para os meus lados.
Passei umas horas difíceis no Posto da Polícia de Queluz após uma zaragata com os fulanos das "Cadeirinhas" da Feira Popular que tinha lugar ali nos limites da Amadora.
Momentos que ficaram bem gravados na minha memória e na cabeça de um dos meus primos, que levou 6 pontos.

30/10/11, 01:25  
Anonymous Anónimo disse...

Engraçado, esta foto parece ter "cheiro".. ;)

Pantas

13/11/11, 22:31  

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