sexta-feira, novembro 5

23-Pedro dos Coelhos

Para o pessoal da Rua Pedro Franco.
Alguma vez provavelmente terão pensado - donde vem afinal o nome desta rua?
Encontram a resposta numa narrativa de Eça de Queirós, sobre uma viagem de Lisboa a Sintra com paragem na Porcalhota para restabelecer as forças e saborear a especialidade local - o famoso Coelho à moda da Porcalhota cozinhado pelo Pedro (dos Coelhos) Franco.
E também não faz mal saber - a Rua Elias Garcia tem o nome de um activo Democrata dos tempos da Monarquia em Portugal.
A propósito de Monarquia - foi o Rei D. Carlos que, a pedido dos habitantes em 1907, decretou a mudança do nome desta região, para Amadora.
Mas de onde vem o nome Amadora, ainda não sei. Quem souber, diga.

8 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

Nasci na Rua Pedro Franco à 37 anos , e ainda hoje mora lá a minha familia ( meus pais ) graça a deus , não passo 3 dias sem lá ir . A história do Pedro dos Coelhos é antiga e tem muitas interpretaçãos, a que eu particularmente mais gosto é daquela em que dizem que o Pedro, esse afamado tasqueiro/cozinheiro, tinha como segredo o belo coelho que na realidade não passavam de gatos .... Isso mesmo a maior parte das vezes era gataria, quais coelhos, atão naquele tempo o pessoal não tinha guito nenhum. E os forasteiros vinham comer esta iguaria ( Blahh. ) e até se lambiam .. Este pessoal da Porcalhota sempre foi mitra para os forasteiros , heheheeh À Granda Pedro dos Coelhos (Gatos) .. lol
Pintelho

06/11/04, 13:29  
Anonymous Anónimo disse...

Já agora aproveito para vos deixar a receita do Coelho à Porcalhota. Com a sugestão de num próximo convivio elaborarem esta iguaria. Miau ...

Coelho Guisado à Moda da Porcalhota
De Felicia Sampaio
Editora Culinária do Roteiro Gastronómico de Portugal


Ingredientes:

1 coelho com +- 1,200kg
2 dl de vinho tinto
1 colher de sopa bem cheia de banha
3 colheres de sopa de azeite
1 cebola grande
1 bom dente de alho
4 tomates médios
sal q.b.
pimenta q.b.
1 colher de sopa de salsa picada
2 dl de caldo de carne

Confecção:

Corta-se o coelho aos bocados.
Põe-se ao lume uma caçarola com o azeite e a banha (a caçarola tem que ser grande para que os bocados do coelho não fiquem uns em cima dos outros).
Assim que as gorduras estejam a fumegar, deitam-se os bocados do coelho para alourar virando-os para alourar por igual.
Depois de alourado, põe-se o lume brando, adicionando o vinho, a cebola picadinha, o alho picado, o tomate pelado e sem grainhas cortado aos bocadinhos, sal e a pimenta.
Tapa-se bem a caçarola continuando a cozedura por +- 1 hora, conforme a dureza do coelho, mas convém verificar.
Depois de cozido rectifica-se os temperos, polvilha-se com a salsa picada e serve-se bem quente.
Acompanhe com batatas fritas, cozidas ou arroz branco.

Bom Apetite
Pintelho

07/11/04, 12:22  
Anonymous Anónimo disse...

A receita original do “coelho à Pedro Franco” não era tão simples assim. Pressupondo que se consegue apanhar um coelho a jeito, depois de morto e esfolado, recolhe-se o sangue numa tigela com vinagre. Não se pode deixar sangrar totalmente o coelho. Deste modo a carne não fica branca e sem gosto.
Prepara-se um refogado ligeiro num tacho de barro com banha, alho picado e cebola.
Partido em pedacinhos, incluindo os miúdos e a cabeça (sem os olhos), põe-se o coelho no refogado juntando bastante tomate, salsa picada, sal e pimenta e um pouco de azeite.
Coze em lume brando e no final, adiciona-se o sangue com vinagre e um pouco de água para deixar cozer mais um pouco sempre em lume baixo.
Com a água da cozedura faz-se o arroz num tacho aparte.
...devia ser muito bom!

07/11/04, 21:55  
Anonymous Anónimo disse...

Ok ,também é verdade , rezam as crónicas mais antigas que na realidade era assim que se confecionava o tal Coelho. Eu apenas tentei por a "coisa" mais simples, sem sangrias desatadas ou não.. Aliás como Porcalhoto que sou. Quem sabe, sabe que nós os da Porcalhota estamos sempre a "inventar .... "

heheheeh
Pintelho

08/11/04, 16:23  
Anonymous Anónimo disse...

Eu sei que é chato nesta nova era da civilização da CEE, falar em esfolar, sangrar e retirar os olhos aos animais. São considerados como aspectos macabros da actividade “humana“ de tempos remotos ligadas à sobrevivência desta nossa “espécie”.
Mas aqui no caso da receita tradicional, a questão da cabeça, pretendia dar resposta àquela dúvida sobre o que se estava a comer, isto é, “não vender gato por lebre”.
Enfim, hoje há coisas muito piores. OS HOMENS(?) BOMBA, por exemplo!
o bicho

09/11/04, 13:44  
Anonymous Anónimo disse...

Donde vem o nome de Amadora ?
ORA ENTÃO VAMOS LÁ.
Reza a sabedoria popular através do finado "velho Falé" que um dia um filho querido da terra (Porcalhota) de seu nome Pedro Amoedo Ataíde, se tomou de amores por uma bela donzela, sua prima, Dora de Atáide, amor esse amor correspondido mas nunca aceite pelas famílias.
O corpo do jovem Pedro foi encontrado pendurado numa macieira, tendo sido encontrado no bolso do seu colete um bilhete com os seguintes dizeres:
- O que os homens não querem, a morte aceita! AMO A DORA!
A consternação foi geral e foi o primeiro passo para a extinção da Porcalhota e o nascimento da AMADORA.
Falei.
Quim

09/11/04, 22:05  
Anonymous Anónimo disse...

Fico sem palavras ....
Desconhecia por completo as razões da origem do nome : Amadora. Por mais pesquisas que fazia não me vinha qualquer informação. Para pena minha, os contactos com o saudoso " Ti Falé " não eram de todo formais, visto que normalmente eram feitos em passo de corrida,ou, partida,lagarta,fugida.. Deixando pouco tempo para outro tipo de "conversas". Mas não posso de deixar de afirmar a minha consternação pela então verdadeira razão e razões para a mudança de Porcalhota para Amadora . As GAJAS.. Pois sempre elas. Estão sempre a arranjar chatices a um OMÊN !!! Voltem, voltem por favor os 6 latinos, os Formula 1, e outros tantos. Para que a gente as possa agarrar ( as Gajas ) e vingarmo-nos ...
Pintelho

10/11/04, 12:28  
Anonymous Anónimo disse...

"O que os homens não querem, a morte aceita!" - ??? inacreditável esta frase.
Oh! Quim, fiquei banzado com a tua narrativa das origens da Amadora.

O Bicho

11/11/04, 12:08  

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