A trilogia "Os subterrâneos da liberdade" é da fase mais complicada da vida de escritor de Jorge Amado. Os livros foram escritos quando o autor estava na então Checoslováquia, exilado pela segunda vez. A primeira havia sido durante a ditadura do Estado Novo (1937-1945), de Getúlio Vargas, e é esta a época retratada neste livro, primeiro livro da série. Um livro escrito por um intelectual entusiasta das idéias revolucionárias, filiado no PCB, num tempo em que o ideal político era tão importante quanto o estilo na obra de vários escritores latino-americanos.
A Maria, que eu conheci (e mais tarde alguns de vocês também conheceram na SFRAA) quando ela frequentava um Colégio de Freiras e eu um Colégio de Padres, emprestou-me estes livros para eu ler, alguns, poucos, meses antes do 25 de Abril de 1974. Mas porquê isto agora: porque há uma Maria, Outra, que às vezes assina comentários aqui no blog.
3 Comentários:
A MARIA é uma formiga muito pequenina que por vezes passa junto ao teu ouvido e tenta morder,ainda não deste por isso.amanhá quero o dia rosa choque vê lá se arranjas um boneco engraçado,Beijinhoos
Ainda sobre o Jorge Amado, como é que um escritor tão lido em Portugal, nos anos 70/80 deixou, quase drasticamente, de ser lido? e é, na minha perspectiva, um bom escritor, com uma obra interessantissima; Para além dos "Subterrâneos da Liberdade" uma obra política muito interessante, "Os Capitães da Areia" é um livro majestoso que deveria continuar a ser lido, pela sua actualidade e sensibilidade.
Devo confessar que nunca percebi muito bem a campanha negativa que a maioria da imprensa portuguesa, a partir dos anos 90, fez contra ele, apelidando-o de um mero oportunista, com a conivência, diga-se, da quase totalidade da intelectualidade portuguesa que, nos anos de oiro, o recebiam e o abraçavam com todas os braços e mãos, nomeadamente o Pai da Pátria... .....há coisas que me escapam (mas quem sou eu..............)
O mundo é mesmo feito de lobbys, eles estão em toda a parte, na política, nas empresas e até nas famílias...
Severino
Ainda a propósito de lobbys, há coisas curiosas, no tempo dos nossos avós todos ouvimos falar de quando se trabalhava de sol a sol, felizmente que isso desapareceu, não sem que se tornasse necessária uma dura luta imposta pelos visados, mas eis que há coisas que estão a voltar pois quando avançamos no tempo eis que nas empresas já ninguém sai a horas, e os que cumprem os horários são apontados, isso de cumprir horários é para funcionalismo público, ouve-se aqui e ali em sentido pejorativo, que se entre às 9 e meia da manhã mas que se saia nunca antes das 8 e tal da noite....há contradições do caraças......
Severino
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