quarta-feira, setembro 10

o Cimbalino


A segunda coisa que me espanta, no Porto (ou em Gaia) é o facto de uma pessoa se poder sentar à mesa de uma esplanada nas margens do Douro, sem ter que pagar preços exorbitantes (por uma bebida, consumo mínimo) como os que praticam nas esplanadas à beira do Tejo, em Lisboa.

Por isso, pode-se passar uma tarde instalado numa esplanada, acompanhado por um simples Cimbalino, a olhar para o ar, apreciando a circulação de automóveis, comboios, metro ou pessoas, lá em cima no tabuleiro de uma das muitas pontes, ou como mostra o instantãneo, a controlar a passagem dos aviões que se dirigem ao Aeroporto Sá Carneiro.

11 Comentários:

Blogger Carla D'elvas disse...

olha...

o sr. está em paragem cardio-respiratória (PCR).

MOTIVO: engoliu a chavena do cimbalino (conforme mostra a imagem).

:)

10/09/08, 17:41  
Blogger O Bicho disse...

Bem observado.
Realmente a chávena não estava lá - ou caiu ao rio ou ele a engoliu...

10/09/08, 18:31  
Anonymous Anónimo disse...

Oh meninos! vocês não sabem que, o cimbalino é curto? O senhor bebeu-o pelo pires.
Maria

10/09/08, 21:19  
Blogger Vasco disse...

Como Lisboeta não acostumado com os termos usados no Porto e arredores, aqui há tempos, num café em Leça da Palmeira, com a maior das naturalidade, fui ao balcão e pedi uma bica. O empregado ficou a olhar para mim como se tivesse falado uma língua esquisita. Lá me lembrei e rectifiquei: "Queria um cimbalinho, por favor".
A moda ainda não passou.

10/09/08, 22:44  
Anonymous Anónimo disse...

Talvez não tenha tomado café, cimbalino ou bica.
Talvez tenha comido uma maçã cortada pelo seu canivete favorito e tirado uma soneca ao som das gaivotas.
No Norte costumam saber interpretar outros dialectos e respeitar os costumes. Até uma soneca ao ar livre, seja do Porto ou de Lisboa :)
Abraço do Norte

10/09/08, 23:02  
Anonymous Anónimo disse...

Amigo do Norte:
Vivi 13 anos no Porto. Ao principio, via-me aflita para me entender com o significado das palavras. Por exemplo: quando tinha que ir às compras, se pedisse um bife de vaca, logo me corrigiam para bife de boi. Se pedia feijão verde, davam-me vagens. Em vez de ir ao lugar da hortaliça, ia ao pomar da hortaliça. Se pedia uma carcaça, vinha um molete. Eu, garota, achava graça. Depois, habituei-me e, até achava que, vocês tinham razão quando me perguntavam se em Lisboa se matavam os bois, só para aproveitar o rabo para a sopa.
Cada terra com seu uso, cada região com o seu modo de falar. É assim que deve ser. Não deve haver razão para troças, mas uma brincadeira saudável, não ofende. Afinal, vocês, também brincam connosco.
Um abraço, de uma tomarense, que já viveu no Porto e, agora está em Odivelas, para todo o Norte que, eu adoro.
Maria

11/09/08, 08:10  
Blogger Kim disse...

Quem vem e atravessa o rio, junto à Serra do Pilar, vê um povo não gentio, disposto a dar, a dar.

11/09/08, 10:05  
Anonymous Anónimo disse...

É verdade, Kim. Não é só o Porto que é lindo. É uma terra de gente boa, trabalhadora, acolhedora. Esta luta Porto-Lisboa, é a velha história do amor-ódio, que nunca leva a nada. Viva o Porto (cidade, entenda-se), viva o Douro, vivam os Tripeiros, gente valente que fez muita História em Portugal. Eu brinco, mas os meus filhos mais velhos são do Norte. Um nasceu em Rio Tinto, concelho de Gondomar, terra das belas filigranas, a outra, é tripeira da freguesia da Sé. Como podia não amar o Porto?
Passei lá toda a minha adolescência, tive lá os primeiros filhos. Às vezes, brinco com o Porto, mas é por amor. Eu só brinco com o que amo.
Maria

11/09/08, 10:36  
Anonymous Anónimo disse...

Um bem haja para pessoas bem humoradas.
Beijinho do Norte para o Norte, Centro e Sul :)

11/09/08, 10:48  
Blogger Vasco disse...

Quando referi que estive em Leça da Palmeira, estive em casa de um casal (dos melhores amigos que tenho), perto de Barcelos. Reparei em muitas palavras e termos que se dizem de diferentes maneiras que em Lisboa - o que é natural.

Não me incomoda minimamente que os nortenhos achem piada à linguagem popular de Lisboa - por vezes bem castiça! Até eu acho, e sou lisboeta!
Não é pela diferença da pronúncia ou de alguns vocábulos que deixo de gostar ou respeitar os nortenhos ou o norte.

Aquela Ribeira, o Passeio Alegre, a parte mais antiga do Porto, é das paisagens mais belas que já vi.

Mas quando voltar a Leça da Palmeira, tenho que ir àquele café, pois tiram lá um cimbalino de se lhe tirar o chapéu, e não faz mal ao fígado!

Um abraço de amizade de um Lisboeta para os Nortenhos!

11/09/08, 23:25  
Anonymous Anónimo disse...

Boa Vasco gostei!!
O QUE É NACIONAL É BOM.........

12/09/08, 17:59  

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