Milagres (1)

Primeira Parte - Constatação

No mais recente Sábado de sol, apresentei uma proposta para aproveitar a aberta no Inverno frio e chuvoso que este ano nos tem atormentado:

«Hoje é dia de Feira da Ladra. Vamos passear em Lisboa.»

Sem oposição e sem hesitação, rumei ao Largo da Graça para almoçar no "Satélite" e depois, com o tempo a preceito, tomar um café no Miradouro da Graça.

Enquanto a minha gente esperava por uma mesa na esplanada, entrei na Igreja para dar uma vista de olhos.

«É uma mania que eu tenho. Não resisto a uma igreja (das antigas) com a porta aberta. Gosto sempre de ver e rever, à procura, sei lá… de pormenores que não tinha visto, de segredos meio escondidos, ou simplesmente, de um pouco de paz.»

Pois aconteceu que desta vez, deparei mesmo com um pormenor (deveras intrigante) que nunca tinha visto - algo de anormal se passa com esta representação do Senhor deitado, num altar lateral da Igreja do Convento da Graça!?

Disfarçadamente, “sem fazer ondas”, tirei uma fotografia e vim andando para a rua, não deixando de pensar:

«Por “coisinhas” bem mais pequenas, já se ouviu clamar “milagre!”, em muitas capelinhas deste Portugal "profusamente" religioso.»

Não falei no assunto à minha gente, mas fui pensando, numas quantas explicações (que não vou dizer) para o estranho fenómeno. Um bocado esquisito não é…? Pois é!