Boiar
Não me apetece dizer nada agora.
A imaginação ficou nas cinzas do fim de semana.
As ideias estão a boiar ao sabor do vento e das correntes.
Não consigo lançar amarras em porto seguro e recuperar fôlego.
Ao menos que fosse possível ancorar numa enseada de águas calmas.
Fora do irresistível vórtice sugador de todos os pensamentos emergentes.
3 Comentários:
O silêncio numa manhã de domingo de inverno, com chuva, é uma das maravilhas doces da vida!
Severino
É verdade.
Nem os cães ladram, só o vento uiva.
E depois, o arrepio do crepitar dos pingos de chuva no vidro da janela e aconchego do crepitar das brasas na lareira.
E em fundo, o cíclico e surdo rebentar das ondas do mar.
Ah! nem apetece falar. Somente ouvir e dormitar.
E mais não digo, porque às vezes, embalar é preciso.
Quim
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