Lua Cheia
Há bocado passei por Sintra e vi a Lua Cheia a despontar por detrás da Vivenda Santos Mattos.
Espectacular, a vivenda, qual casa assombrada (acho que vai ser reconstruída) e a grande Lua Cheia que hoje é a mesmíssima Lua que há exactamente 50 anos, naquela outra noite de Novembro iluminou a cena do encontro na Porcalhota, entre o Fanfas e o Lobisomem.
Era o tempo em que na Amadora, se produziam Cintas e Espartilhos de qualidade, naquela fábrica cujo muro ladeava quase toda a Avenida dos Arames. Oh! Passar pela Avenida dos Arames de noite, sozinho, mesmo com luar não deixava de ser um risco.
2 Comentários:
Aquela Avenida dos Arames, era de facto, um risco. Nela, qualquer par de enamorados arriscava a primeira abordagem e o primeiro beijo. Não havia Fanfas, nem reflexo de luar, que os fizesse descer à terra.
Foi naquela avenida que recebi a notícia da morte da minha avó mais querida. Foi ali, que deixei milhões de passadas largas, já que os comboios teimavam em não chegar atrasados, nas seis vezes diárias que por lá passava.
Era o tempo do "Piollho" a 2$50 e, no intervalo, o chocolate Regina a 1$00, onde a Ponte do Rio Kwai e os Canhões de Navarone, faziam as delícias da miúdagem.
Era o tempo de Santos Mattos ser uma importante figura da Amadora e nós nem sabíamos.
Era o tempo de começarmos a viver.
Quim
Avenida dos Arames.......um marco para todos nós....era um risco! como os tempos mudam e (não é conversa de velho), infelizmente para pior, neste caso, é que o risco era o de amor, agora, seria, se ainda existisse, o risco na verdadeira acepcção da palavra!
Severino
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