terça-feira, novembro 23

Arroz de Tamboril e Champanhe

Cantinho da Várzea (Sintra 1980)
Esta foto não é de um almoço do Pessoal. Vendo bem, nunca podia ser, pois em regra e por princípio (ou em princípio e por regra) nos encontros do Pessoal não participam mulheres, não há velinhas na mesa e não há fato e gravata – com excepção do António Ferreira que usava sempre gravata nos almoços do Pessoal, porque eram ao Domingo.
Na imagem, Zé Maria e Camacho inspeccionam desconfiados o conteúdo dos pratos de Arroz de Tamboril, uma novidade gastronómica naquela altura.
Este jantar organizado por um colega de trabalho da RTP (o Zekinha) e patrocinado pela inesquecível amiga/camarada Gina, terminou com um episódio (in)digno de ser contado:
- para fim de festa, abrimos uma garrafa de 5 Litros de champanhe e fomos despejando
- o verdadeiro champanhe bom e diurético, fez com que a certa altura eu tivesse aquela necessidade básica. Quando estava na casinha a verter águas reparei que tinha a garrafa na mão e… no meu estado mais eufórico que o normal, tive uma ideia porca.
- sem hesitar lá foi uma mijadela (ligeira) para dentro da garrafa onde restava ainda um pouco de champanhe.
- à saída o Camacho pede-me a garrafa para beber. Eu avisei-o de que tinha mijo. Ele molhou um dedo, cheirou, confirmou e… pensou de imediato em tramar o seu velho amigo e rival de partidinhas – o Quim.
- o Quim pede a garrafa para mais uma rodada e o Camacho, diz: “Vais beber é mijo!” ou talvez “Bebes mas é mijo! Não bebes mais nada!”.
- Quim: “Bebo sim senhor!” E bebeu um gole.
- Camacho: “Então, soube bem o mijinho?”
- Quim: “É mijo mas é o caraças! Mijo… mijo???” Repensou, cheirou, provou de novo e ficou lixado.
- Quim: “Há um gajo que vai a pé para casa.”
- E o Camacho foi mesmo a pé, com o Zé Maria, desde a Várzea até à estação de Sintra para apanhar o último comboio da noite.
Repetiu-se a velha história do Magoito, mas desta vez sem consequências graves, pois o Quim chegou a casa com o carro inteiro, o Camacho teve companhia na caminhada e teve a sorte de o traje obrigatório para o jantar ser o fato e gravata e SAPATOS DE TÉNIS.

1 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

Felizmente que há sempre alguém que se lembra que quando se vai para uma festa é melhor levar uns "ténis".
Nunca se sabe como se vai regressar.
Há sempre a opcção de beber um suminho de mijadela.
Andar a pé até faz bem! Sá andaram 8 kms.
JR

27/11/04, 10:19  

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