quinta-feira, outubro 27

Azar do Fanfas


O 1º Taxi da Porcalhota, aqui fotografado em Lisboa, faz lembrar uma história passada com o Fanfas.
Algum tempo antes daquele fatídico encontro com o Lobisomem da Porcalhota, já o Chico Fanfas dava sinais de um certo desarranjo temperamental.
Certa vez,
com um copinho a mais, o Fanfas cismou que já tinha idade para fumar, mas o seu Pai entendia que não porque, além de outras razões, o Filho não trabalhava e por isso - "quem não tem dinheiro, não tem vícios".
Para fim da cena, esgotados os argumentos, o Fanfas saiu da Parreirinha porta fora clamando que se iria suicidar porque ninguém queria saber dele para nada e foi sentar-se no meio da estrada (R. Elias Garcia) esperando vir a ser atropelado pelo Autocarro do Chora.
Grande azar, a Carreira do Chora (autocarros amarelos da Empresa de Viação Eduardo Jorge) nesse tempo só ali passava 4 vezes por dia e nesse dia já não havia mais. Fanfas adormeceu no meio da estrada de onde foi retirado sem qualquer ferimento, no fim da tarde, para acabar de cozer a bezana no vão de escada ao lado da Tasca. Acredite quem quiser.

2 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

Apesar de estar às portas de Lisboa, a Porcalhota, naquele tempo, ficava no fim do mundo. Ora, nesse local não passavam automóveis até porque os não havia em quantidade, caso contrário, o Fanfas teria partido mais cedo "desta vida descontente".
Claro que acredito nesta façanha do dito, caso contrário não teria sonhos de criança.
Este Fanfas, está a torna-se o ex-libris deste simpático e muito restrito blog. No entanto, continuo à espera do final do lobisomem, porque a rico não devas e a pobre não prometas.
Tens de compilar as "estórias" do Fanfas com as petas do Pinto. Dava um duo maravilha.
Bonita foto esta do taxista. Na Rua Pedro Franco em frente ao nº 11, tambem havia uma D.Elvira parecida com esta e que eu destestava porque estava sempre estacionada no único local da rua onde havia sarjetas simétricas, que faziam de baliza, e nos permitiam fazer as jogatanas de futebol, com uma bola de ténis. em frente a outra, de cada lado da rua.
Era caricato porque, a única viatura da rua estava sempre no local errado.
Quim

27/10/05, 10:31  
Blogger O Bicho disse...

Faltou dizer a fotografia foi descoberta (e oferecida ao blog) por Rui Salvador, resultado de mais uma escavação na arqueologia social.

27/10/05, 12:11  

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