Tropa
Hoje passei boa parte deste dia invernoso, enfiado na cave a remexer nos caixotes das memórias com o intuito de reciclar recordações. Ora bem visto!
Recuperei algumas coisas, reciclei umas quantas e enterrei definitivamente outras. Do arquivo das imagens saltou esta fotografia, que veio mesmo a calhar, ideal para ilustrar o post anterior.
-
No Destacamento de Cavalaria em Santarém - 1970.
Alguns meus camaradas recrutas "aspirantes menstruados" e um "pronto", o soldado raso que tomava conta da caserna - o que tem o boné ou bivaque. E imaginem lá quem será o jeitosinho ao lado, o único que tem a boina, com as armas de cavalaria, enfiada na cabeça?
-
Três meses depois, mudei para outra guerra e nunca mais voltei a ver nenhum destes companheiros de armas a não ser um (aqui na foto) que me encontrou um dia destes na Praia, me reconheceu e me identificou inequivocamente. Espantoso, que memória, que perspicácia, ou lá o que é - eu não seria capaz de reconhecer nenhum deles, a não ser talvez com a fotografia à frente para comparar.
- Será que algum destes macacos, depois de sobreviver à guerra colonial, seguiu a carreira militar e hoje é um daqueles coroneis, que costumam ser nomeados para presidentes daquelas instituições..?
3 Comentários:
O Gigi equeceu-se de dizer que ele é (deve ser) o primeiro da frente lado direito c/boina).
Ele e o JC são os únicos militares que conheci que não podiam ter vindo do frio. Guerra fria? Porra!!! Eles gostam é do quentinho, né, manos?
Militarmente tenho uma vaga ideia do bicho, coçava o bigode.
Do JC recordo o seu militarismo exemplar, o seu aprumo,o marchar em passo de ganso, um autêntico rambo. Ele, Hermenegildo Gomes, F. Rosa, o guitarrista dos PLUTÓNICOS e dois desenhadores (dos quais não me recordo os nomes); aqui está uma parte da Secção Técnica de Tiro do RAAF. Com esta tropa todos os mancebos acertavam no alvo.
Estou a gostar deste XL. Assim, vou sabendo que continua à frente do pelotão.
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial