sexta-feira, janeiro 18

Para variar


Chegamos ao fim da semana, com um sol aberto, bem vivo. O céu, recuperou aquele azul a que já nos habituámos. Volta tudo ao mesmo... como é normal, nada de especial.
Para variar, vamos para a rua, apanhar ar. Estamos a chegar a Lisboa - no Metro para a Baixa.

Colado junto à porta, um aviso aos camones,
"BEAWERE OF POCKET PICKERS!"
("CUIDADO COM OS CARTEIRISTAS!")

Os altifalantes despejam a gravação,
"Plim, plein! Próxima paragem, S. Sebastião. O átrio norte da estação, encontra-se encerrado. Utilize o átrio sul."

Na paragem, entra um invisual (um ceguinho, como se dizia dantes), com a bengala, a caixa da esmola e uma colher,
"Tchekapum, tchekapam, papapa, tcheka, tcheka, tlim, takatlim, tak, tak, com licença deixem passar o ceguinho, tchek, tcheka, toc, toc, façam favor d'ajudar aki o rapazinho, tchek, tchektoc, toc, pam." - é o "RAP DO CEGUINHO."

Mais adiante, na Avenida, um pedinte (agora diz-se carenciado) exibe, na única mão que tem, um conjunto de postais - "é o que quizer dar... senhor." Pronto, fico com este, 40 cêntimos. É bem giro, com a imagem do Ascensor da Glória - 135 anos sobre Carris, etc. E no cantinho diz, "POSTALFREE" - quer dizer, é de borla!

Porreiro, não acho mal - ele pede e oferece realmente alguma coisa em troca. Está certo! Indecente, é o MINISTRO DAS FINAÇAS, que pede, pede e... nunca dá nada em troca!

Tudo bem, seguimos adiante ("para a frente é que é o caminho", como disse aquela velhota (quero dizer, idosa) que cruzou o caminho do Kim há dias) e

vamos até ao centro da cidade, onde há sempre novidade.

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