fronteiras do ostracismo

A época de Verão 2008, na minha Praia não digo qual, trouxe muitas e novas regras (e leis) para proteger, orientar e educar os banhistas e veraneantes em geral.
O "Dono da Praia", concessionário dos serviços de apoio, resolveu demarcar e alargar os limites da ZONA RESERVADA aos utentes que ALUGAM TOLDOS.

Eu sou um dos "utentes dos toldos", mas não concordo com a medida e manisfestei a (minha) opinião, contrária aos outros utentes que acharam normal e justa a medida que veio alargar a área de protecção em redor dos seu "domínios na areia".

Ainda p'ra mais, com a demarcação de fronteiras físicas em toda a frente de mar - com fartura de AVISOS (em Português) e um ridículo estendal de cordas e fitas atadas em pequenos postes.
Pretendi (sem muito alarido) chamar a atenção para o exagero dos limites impostos e para a espécie de armadilha que representam as muitas cordas estendidas pela praia fora:

- muita gente vai reclamar, quando nelas tropeçar;
- na maré alta, muita gente vai ficar de pé, ali à beira-mar, sem vislumbrar um bocadinho de areia seca para deitar a toalha;
- e depois vai haver reclamações, de um e de outro lado da vedação, quando durante as marés fortes o mar, invadir todo o reduzido espaço livre destinado aos "não utentes de toldos" obrigando-os a recuar para cima do espaço reservado;

Claro que os "Banheiros" me ouviram, mas depois comentaram baixinho entre si:
- "esta gente nunca está satisfeita; se não pomos limites reclamam porque os outros quase que se deitam em cima deles; se impomos limites, reclamam porque agora, ah e tal, não sei quê...?"

Pois bem... agora sou "persona non grata" nos toldos vizinhos - o ostracismo imposto silenciosa e tacitamente; o que é que estavas à espera? Tótó!