aconteceu (3) em Queluz
- no dia 7 de Dezembro de 1980, não morreu, mas quase
o Sôr Orlando, vendedor ambulante de castanhas assadas que me alugou o seu triciclo completo - fogareiro com brasas, assador de barro, abanico, atiçador, tenaz, , carvão, castanhas, sal e cartuxos de papel - tudo arranjado a preceito para eu ir fazer uma surpresa numa festa. Envergando o tradicional fato-de-macaco azul, um chapéu de feltro amarrotado e a cara mascarrada, empurrei, com a ajuda do Zekinha, o triciclo até à festa, no quintal do Kikas fotógrafo.
No fim das três horas contratadas no aluguer (500$00 paus) estacionei à porta do café onde estava combinado devolver a carripana das castanhas ao dono. O homem, sofreu um precalço e eu fiquei mais de uma hora, ali na rua, à espera que ele aparecesse.
Entretanto, fui vendendo castanhas, de tal modo que a receita do pescato deu para pagar o aluguer, dar gorjeta extra ao man e ainda sobrou algum para umas bebidas no João Sebastião Bar.
5 Comentários:
Gosto desta faceta do Gigi, de organizador de orgias de amizade.
Pena é, que desde a revolução dos cravos, não organize nada com as rosas da Porcalhota.
Será que perdeu iniciativa o foi ofuscado?
Eu sei que o Zekinha era uma peça importante, mas temos o Zuca e o Serra, pessoas altamente especializadas em eventos e que falam pelos cotovelos.
Esta ideia do homem das castanhas, teve muita piada e ainda sobrou "algum".
Se tivessemos de arranjar um nome novo para o Tio Patinhas, seria LUIS concerteza.
Olha que o "taco" fica cá todo rapaz!
:)jc
Nãhhh. Nunca fui, pelo menos naqueles tempos, assim tão apegado ao taco como um Patinhas;
antes pelo contrário, gastar 500 paus numa brincadeira, naquela altura, equivalia a ter que ir jantar à Cantina da Cidade Universitária, durante um mês inteiro;
não foram tempos difíceis, mas também não foi fácil;
era assim mais ou menos - pouco dinheiro, muita imaginação.
..e muita DIVERSÃO.
Rectifico: o aluguer foi por 2h e não 3h.
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