Amadora que pinta

Entretanto ouvi dizer que havia

• 4.000 (e um) metros de tela
• 6.000 quilos de tinta,
• 5.000 trinchas,
• 2.000 baldes de plástico,
• 10.000 ilhóses
• 30.000 litros de água

Tudo instalado no campo de treinos do Regimento de Comandos onde, um verdadeiro batalhão de artistas voluntários, atacaram logo de manhã, pela fresquinha, com tanta eficiência que, quando lá cheguei, pelas cinco da tarde, já não me deixaram molhar o pincel.

Fiquei lixado, pois levava na ideia, pintar o velho CHAFARIZ DA PORCALHOTA num bocadinho da maior tela do Mundo. Como não consegui, quer dizer que fui lá debalde, o que até condiz com o tema geral da pintura que era a ÁGUA.

Pior ainda, quando percorri (felizmente de bicicleta) os 4 kms e tal, e não vi NEM UMA FONTE, nem um chafariz, nem uma torneirinha, pintados naquela imensa tela - só peixes e peixinhos, baleias e golfinhos, tubarões, barcos (nem hidroviões) e sereias.

Mas... há outro mas. O Zé Maria também NÃO COMPARECEU aqui. Encontrei o Zé Paulo, encostado ao balcão da barraquinha dos comes-e-bebes a despachar umas imperiais para limpar o pó da garganta, depois de um dia inteiro a ajudar à festa.