Bom Dia Turritelas
Caminhar sobre páginas de história, nas margens do Tejo.
São esculturas em baixo-relevo, gravadas na pedra calcária, há 100 Milhões de Anos (mais coisa menos coisa) pela mão da Natureza e trazidas até às portas de Lisboa pela mão do Homem. Vieram nos blocos de pedra usados para reforçar o paredão de defesa da linha do comboio entre a Cruz Quebrada e Caxias.
Eu ia dizer que não é preciso ir (mas se tiver oportunidade vá, porque vale a pena a viagem) a Penha Garcia, na fronteira Portugal-Espanha, para ver coisas destas - verdadeiras fotografias, imagens reais da vida que animou os mares e lagos do nosso Planeta, durante a Era Cenozóica - o tempo dos Grandes Saurios.
2 Comentários:
Penha Garcia? Bem lindo!
Na primeira foto (onde está ecrito fotocilista)ainda se nota a ponta duma bota dum dinossaurio.
Nesta coisa de "pedras" sou mesmo um entendido.
Penha Garcia lembra-me Fernando Namora (Retalhos da vida de um médico), aventuras de contrabandistas, Guerra de Espanha. Adoro histórias de contrabandistas. Gente que corria riscos, valentemente, para arranjar alguns cobres mais. Quantos morreram por um pacote de café, que levavam, ou um corte de seda, que traziam!
Sabes, Bicho? Conheci no Minho, Guardas Fiscais que, ao mesmo tempo, eram contrabandistas. Estranho? Talvez, mas é verdade.
Esta simpatia pelos contrabandistas e pelos ciganos (aqueles antigos, das carroças e burros, que liam a sina na palma da mão), acho que é o meu lado aventureiro, nunca posto em prática. São os velhos sonhos, de fugas, para Paris, que eu e a minha prima, planeávamos ao promenor e, que a falta de coragem e dinheiro, nunca nos deixaram pôr em prática.
Depois, chegou o chefe Costa, os filhos e, tornei-me uma senhora ajuízada. Mas os sonhos deixaram marcas. A admiração, por quem soube vivê-los, é grande. Não lamento nada, não me arrependo de nada, mas às vezes, um nome, como Penha Garcia, dá-me uma nostalgia enorme, daquilo que não vivi.
Ganhei com a troca, mas...
Hoje estou com a telha. Só digo disparates. Não ligues.
Coitado do chefe, que às vezes tem que aturar as neuras da
Maria
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