terça-feira, janeiro 25

A Explicação dos Sapatos

O PENSAMENTO É O CANCRO DA HUMANIDADE.
"Cansaram-se os sábios a pensar e nunca acharam o remédio, de parar. (...)
E vós também, nojentos da Política que explorais eleitos o patriotismo! (...)
E vós também, pindéricos jornalistas que fazeis cócegas e outras coisas à opinião pública! (...)
Ah! Que eu sinto claramente que nasci de uma praga de ciúmes".

Frases do longo poema «A Cena do Ódio»(*), escrito em 1915 durante 3 dias e 3 noites, pelo mestre autor deste duplo autoretrato de: Almada Negreiros e Sarah Afonso.

E aqui, ou melhor, neste casal encontramos "a explicação dos sapatos":
- Porque o casal teve uma filha, Paula (paz ao seu espírito).
- Então não é que o sapato que me faltava apareceu, ao fim de uma semana, debaixo dum banco do carro da Paula Negreiros.
- Nada de estranhar para quem conheceu a Paulinha minha boa amiga (nunca uma amiga boa) e minha colega de trabalho nos estúdios da RTP no Lumiar.
- E ela gostava, como outras celebridades daquele tempo, de acompanhar a minha equipa nas excursões nocturnas no final da emissão.
- Essas voltinhas começavam normalmente na tasca do Zé Duarte, no Alto de Sto. Amaro, com umas cadelinhas, (choquinhos com tinta, bacalhau assado, um tintol directo do barril) e acabavam também normalmente, nunca se sabia onde, com umas grandes cadelas.
- Foi assim que, uma noite o Nelo "Sonopederasta" (o nosso Sonoplasta) caiu à doca de Belém e o resto do pessoal teve que molhar os sapatos para o tirar de lá.
- Depois... ele levou o meu sapato e deixou-o no carro da Paulinha que o foi levar a casa.
... e tá xplicado.

4 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

Um verdadeiro mestre, a quem, apesar de tudo, não foi dado o verdadeiro valor em vida.
Quis o destino que uma bíblica Sara, o acompanhasse durante um reinado de heresias.
Estive ao lado dele, no Teatro Vilaret, sem me dar conta, da glória viva que já era.
No entanto, Para mim, não passava dum velho tonto.
Talvez me tenha enganado.
Quim

25/01/05, 10:03  
Blogger O Bicho disse...

(*) existe uma gravação em vinil desse poema, que vale a pena ouvir, dito por Mário Viegas.

25/01/05, 17:01  
Anonymous Anónimo disse...

Como é que é isso Luis? Foste colega da filha do Almada?
Ela trabalhava na televisão?
Será a mesma a quem chamavam a Incrível Almadense?
Não quero adiantar muito mas falamos da mesma pessoa? Com o céu da boca em platina?
??? - jotacê

25/01/05, 18:27  
Blogger O Bicho disse...

ELA, A MESMA.
Já com os dentes todos estragados, do tabaco e da bebida. Escrevia bem e bebia bem, coitada, para esquecer.
Tanto que, se finou há muitos anos, com uma CIRROSE.

25/01/05, 19:22  

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