Passou ao lado!
Desta vez não passou.
Não sei se passou ou não passou "a reacção" há 30 anos. Não percebi muito bem. Acho até que ninguém percebeu. Foi uma grande confusão aquele 11 de Março de 1975.
Mas desta vez a nossa Televisão NÃO PASSOU aquelas imagens que nos habituamos a rever todos os anos no 11 de Março, onde aparecia em acção o amigo (do Pessoal da Porcalhota) Artur Carapinha.
Este ano a Televisão Nacional mudou-se para a Capital da Península, centrou todas as atenções no 11 de Março "espanhol" e o "nosso" passou ao lado.
Paciência... qualquer dia mudam mesmo a capital para Madrid.
Não sei se passou ou não passou "a reacção" há 30 anos. Não percebi muito bem. Acho até que ninguém percebeu. Foi uma grande confusão aquele 11 de Março de 1975.
Mas desta vez a nossa Televisão NÃO PASSOU aquelas imagens que nos habituamos a rever todos os anos no 11 de Março, onde aparecia em acção o amigo (do Pessoal da Porcalhota) Artur Carapinha.
Este ano a Televisão Nacional mudou-se para a Capital da Península, centrou todas as atenções no 11 de Março "espanhol" e o "nosso" passou ao lado.
Paciência... qualquer dia mudam mesmo a capital para Madrid.
5 Comentários:
REACÇÃO??? Outros tempos ...
Sem reacção fiquei eu quando tive conhecimento da morte desse nosso amigo. Era o Zé Luis, mais conhecido por "Zé da Viola" (não o Artur Carapinha). Foi um dos enganados do 11 de Março e reviamo-lo anualmente nas imagens que a TV passava.
Passo a contar uma pequena "estória" algo resumida, porque durou três horas.
Era habitual reunir-mo-nos todas as noites à porta da SFRAA. Eu tinha um pequeno transistor, (comprado na Rádio Vitória por 49$00) onde todos ouviamos um programa de discos pedidos chamado "Quando o telefone toca". Este tipo de rádio não era muito vulgar, logo isso dava-me um pequeno estatuto de patriarca, permitia-me passear a imaginação e dar largas ao meu espírito brincalhão.
Uma noite apareci com uns "Walkie Talkie", aparelhos estes que todos os amigos desconheciam por completo e que fez as delícias do "Zé da Viola". Chamei o Camacho à parte, expliquei-lhe o que era aquilo e tracei um plano que foi rigorosamente cumprido. O seu trabalho consistia apenas em aparecer junto do pessoal com este novo aparelho, em que só a antena, já metia respeito, levá-lo para os lados da Avenida do Brasil, e deixar ouvir a música que "eu transmitia". O resto da brincadeira era feita por mim, escondido num raio de acção em que controlava visualmente o teatro da operação, com o transistor, encostado ao Walkie Talkie, debitando a música do costume.
A determinada altura baixei o volume do transitor e locutei, mais ou menos isto:
- Noticías da última hora!!!. A Policia Judiciária procura um jovem deliquente residente na Amadora, conhecido por "Zé da Viola", por se julgar ser o autor dum grande assalto praticado naquela localidade.
Esta notícia era repetida de 2 em 2 minutos.
Imaginem os olhos de espanto daquela malta toda e principalmente do Zé. A partir daí não há palavras que descrevam o sucedido. Claro que o Camacho ia largando o botão para que eu pudesse ouvir os comentários do grupo e do visado.
Foi o delírio, com o Zé a querer ir entregar-se à PSP, chorando baba e ranho e clamando a sua inocência. Agarrado por uns e incentivado por outros, tive pena dele e decidi dar-lhe algum alento, voltando a locutar: - Relativamente ao grande assalto da Amadora julgamos também estar envolvido um comparsa do Zé da Viola, conhecido por "Quim". Sabemos que se trata dum grupo organizado, que neste momento se encontra reunido para os lados da Avenida do Brasil e parecem perigosos. Por se tratar de jovens deliquentes, a Judiciária espera que estes se entreguem de imediato à PSP da Amadora.
Foi o fim. Zé da Viola começa a dirigir-se para a Golgóta e eu não resisti a este longo calvário, aparecendo-lhe à frente de Walkie Talkie em riste e emitindo à sua frente. - Volta Zé, estás perdoado!
Aí, percebendo o logro, agarrou-se a mim e chorou, chorou, chorou.
Alguns anos mais tarde, com vinte e poucos anos, suicidou-se com um tiro na cabeça, numa noite em que a reacção rondava a sua vida.
Perdoa-me Zé!
A REACÇÃO, JÁ EXISTIA NAQUELA NOITE.
Quim
Abaixo a REACÇÃO! Vivam os Motores a HÉLICE!
O Cristo
Essa Estória de Mestre Quim é digna dos melhores apanhados.
AFINAL (merda, porra, tomates, caraças, &€£@-$€) QUEM PASSOU AO LADO FUI EU, que acabei por trocar o personagem principal da história. Com esta já é a 3ª vez que baralho as memórias.
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