terça-feira, dezembro 18

Outros Artistas (35)



Manuel Reis,

oitenta e muitos anos de vida na Porcalhota, actor, improvisador, expontâneo, autor e intérprete de teatro declamado, de revista e variedades.
Tem muito para contar, o Ti Manecas, sobre a(s) Sociedade(s) da Porcalhota, nas décadas de 40, 50 e 60 do século vinte.
Operário, desde muito novo, especializado na manutenção das máquinas da Fábrica de Malhas Simões (ao lado da primeira Sede do Benfica), participou activamente em muitas decisões e Direcções da SFRAA.
Mas, é preciso apanhá-lo bem disposto e ter um gravador a jeito, porque é complicado orientar a conversa no sentido que nos interessa - é preciso paciência, há que ir um bocado na onda e escutar.
Na última reunião que tivemos, ele implantou na minha memória três coisas, que ficarão a germinar até o próximo encontro, no qual penso obter mais esclarecimentos e pormenores.

  1. Ele é o único dono (legítimo proprietário) de uma parte da Sociedade Filarmónica. Só ele, possui um Título de Accionista da SFRAA. Há muitos, muitos anos (quantos?) foram emitidas e vendidas (quantas?) Acções da Sociedade Filarmónica, com o objectivo de angariar fundos para construir (ou reconstruir) a Sede. O Ti Manecas comprou então um Título (valor?) que guardou para sempre. Quando, alguns anos mais tarde, outra direcção da colectividade levou a cabo a retoma dos Títulos, reembolsando os accionistas, ele estava fora e acabou por conservar o Título - qual será o valor hoje?

  2. Outra história para investigar e desenvolver - "A FESTA DA ÁRVORE". Naquele tempo, sabe-se que era proibido festejar o Primeiro de Maio, em Portugal. Então a Sociedade Filarmónica organizava um grande bailarico e pic-nic, nos campos do sopé da Serra do Marco - hoje Bairro do Texas - no local onde existia um grande Pinheiro, que foi derrubado durante um ciclone que flagelou a Amadora e arredores. A festa tinha lugar sempre no Primeiro (Domingo) de Maio.

  3. E aquele leilão (ou venda de rifas) de um automóvel, cujo lucro iria beneficiar algumas obras sociais da colectividade. Pois, aconteceu que, em vez de ficar isento de impostos, contrariamente ao que seria de esperar, esta venda de caridade, acabou por vir a ser taxada com os encargos máximos (da Autarquia ou do Governo?) porque se desconfiava então que parte dos Sócios ou da Direcção da SFRAA, teria ideias demasiado avançadas para a época. Rumores que chegaram aos ouvidos da autoridade, diziam que aquilo era um ninho de revolucionários. Quiçá, de Comunistas!!!


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3 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

As acções são de quem as pratica, ou compra.
O Manuel Reis, terá sempre a possibilidade de exigir o que é seu.
Afinal é accionista da maior colectividade da Amadora.
Gostava de ver aqui a foto de tal documento.

19/12/07, 22:22  
Blogger O Bicho disse...

Pois, també eu... gostava, mas vou ter que esperar um ano, ou mais, para conseguir fazer essa foto.

19/12/07, 22:30  
Anonymous Anónimo disse...

Ok..Ok.. Eu confesso!! Que quando fazia parte da "comissão de festas" da SFRAA, por altura do Baile da Pinhata, fazia uma pequena marcação na fita premiada, (a que abria a pinha) e dizia a um amigo mais chegado ( nunca o mesmo ) qual delas é que era, e que um dos prémios era partilhado ( normalmente uma jantarada para duas pessoas na Churrasqueira do Bosque ) ou uma garrafa ou outra.. Que querem?? tinha 15/16 anos e nasci na Pedro Franco.. Ora.. :) :) :)

Pantas

20/12/07, 15:56  

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