quinta-feira, dezembro 2

O meu Simca 1000

Na doca pesca - Portimão 1974.
Esta imagem um tanto amarrotada fixa a data em que o Zé Silva, Camacho, Mota e Eu, com 50 paus cada um para gastar, fomos procurar o Júlio Amaro a Portimão. Nem sabiamos o caminho para o Algarve, mas lá chegamos e nessa noite ficamos debaixo da ponte ao pé das caixas do peixe. No dia seguinte descobrimos a galeria do Amaro e... foi uma semana de festa. Ao almoço, sempre sardinhas no Venâncio e ao jantar, hamburger.
Depois de fazer-mos uma decoração especial na pintura do carro, um polícia local não parou de chatear e por duas vezes, inspeccionou minuciosamente todos os pormenores susceptíveis de multa (documentos, pneus, fechaduras, triângulo, e eu sei lá...) e não conseguiu perceber que o que estava colado no vidro (mesmo em frente aos seus olhos) no lugar do Sêlo do Imposto de Circulação, era um simples Sêlo de Correio.
Era mais o "nosso" Simca, o 1º carro que comprei, em 2ª mão por 40 Contos - um dinheirão. Um luxo, com telefonia, bancos fofinhos (faziam cama) e o motor lá atrás, no porta bagagens. Com 10 paus de gasolina, lá iamos passar um bocado da noite em Lisboa, a chatear as "piquenas" e os respectivos fregueses na esquina do Tivoli.
Dizia o freguês - "q'nhentos paus???, hôôôda-se!"
Retrucava ela - "uqué que queres? Tens q'nhentos paus hodes, não tens q'nhentos paus, não hodes!"

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