quarta-feira, janeiro 26

No Cú de Judas

de volta aos Açores.
Apesar das recomendações dos amigos, voltei à ilha de S. Miguel para mais uma sessão de Eleições. Durante uma semana programei intermináveis listas de Linguagem Basic para mostrar ao povo na TV o resultado da votação, que até nem tinha interesse nenhum.
Nas horas de lazer, deambulei pela ilha. Dei montes de voltas à procura da saída que nunca encontrei. Todos os caminhos iam dar ao mar. Ao fim de 3 dias e centenas de quilómetros, comecei a ficar deprimido outra vez.
Um belo dia, fui parar ao "Cú de Judas"(*), um lugar que afinal existe mesmo, perdido no meio da floresta da Tronqueira, não muito longe da Ponta da Madrugada que se vê aqui na imagem.
A sensação de isolamento e solidão neste lugar é avassaladora. Só se ouve o mar lá muito em baixo e as vacas, sempre as vacas entre nós e o mar, entre nós e o horizonte, entre nós e o céu.
Nessa altura percebi porque é que existe o Anticiclone nos Açores - é para combater a Depressão.

6 Comentários:

Blogger O Bicho disse...

(*) "Cú de Judas" - sem conotações (ou cunotações) políticas, não tem nada a ver com o ex-camarada ex-autarca de Cascais.
"Ponta da Madrugada" - sem conotações (ou conatações) sexuais, não é aquela ponta que a gente sente quando se levanta de madrugada para fazer a mijinha.

26/01/05, 15:12  
Anonymous Anónimo disse...

Melhor sorte da próxima com cú de Maria ou de Joana... (Só para destabilizar ...)
Bruno

26/01/05, 17:27  
Anonymous Anónimo disse...

Depressão??? Anti-ciclone dos Açores???
Pensa só no Peter e no c(ú)ozido das Furnas.
Se quiseres podes continuar a pensar nas vacas, mas para quê pensar nas açoreanas, se por aqui estamos bem aviados.
Pinta, pinta, camarada pinta.
O que faz bem à depressão, é a panela.
Adoro a tua piramide (do Louvre? Gizé?)
Quim

26/01/05, 17:40  
Anonymous Anónimo disse...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

27/01/05, 00:17  
Anonymous Anónimo disse...

Já estive 5 vezes no arquipélago 4 meses de cada vez (87, 95, 96, 97=2x), em comissão nas Corvetas da Marinha. A 1ª foi um sufoco, não via o dia do regresso. Depois comecei a conhecer os Açores, as açorianas e as continentais (estudantes, enfermeiras, educadoras de infância e professoras),que por lá param também. Acabei por ficar com saudades daquela terra, excepção a Angra do Heroísmo (capital gay do país) porque assim que o navio atracava no porto, aqueles gajos atacavam que nem melgas, logo no cais e tínhamos de ficar a bordo ou saír de fininho e a abrir para não aturar as ditas "borboletas", nunca tinha visto.
Antes do 25 de Abril de 74, aquela gente não tinha direito a televisão, é verdade e o governo central do continente, pouco cartão passava ao arquipélago, havendo mesmo ilhas que passavam privações de nível alimentar, por falta de apoio continental.
Não é portanto de estranhar, que até à pouco tempo atrás, nós os continentais éramos vistos como indesejáveis e principalmente nós os marinheiros que lhes roubávamos as namoradas.
Já agora, o Mota Amaral proibiu em 95 a propaganda aos preservativos nos pacotes de açúcar, por indecoro. Logo aquele indivíduo que pelo menos da fama (de gay) não se livrava entre os autóctones.
Sobre os Açores podia dizer muito mais, fica para a próxima.
RS

27/01/05, 00:17  
Blogger O Bicho disse...

Pois é verdade. Passei por lá várias vezes e conheci bem 4 ilhas.
Em Ponta Delgada (S. Miguel) também há muita paneleiragem e muita miséria nos arredores.
À Terceira só fui 2 vezes. À 3ª já não quis ir à Terceira, passei ao largo, apesar de ter sido muito bem recebido pelos Bretões, ter corrido todos Impérios do Divino Espirito Santo e participado na Tourada à Corda.
Mas não gramava lá muito o Inhame.

27/01/05, 02:00  

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