quinta-feira, dezembro 20

Arquivos da Porcalhota (1913)


As comemorações do dia da Árvore e da Floresta iniciaram-se em Portugal há 100 anos.


Há registo de Festas da Arvore, em muitas cidades e vilas do país: Amadora, Alcáçovas, Alcobaça, Almodôvar, Alter-do-Chão, Barreiro, Fundão, Lourinhã, Lousã, Moita, Montemor, Peniche, Seixal, etc. desde 1907.
A Festa, era um movimento cultural e cívico de celebração e reconhecimento dos benefícios da árvore e da floresta, constando essencialmente da plantação de árvores em ambiente festivo e de discursos de propaganda a favor da árvore.

Na época, o panorama geral do país era de intensa desarborização devida ao excessivo consumo de madeira que alimentara o desenvolvimento industrial do século XIX. As serras do interior estavam profundamente erodidas e para reter as terras, era necessário replantar os carvalhos e castanheiros. No litoral havia que secar os pântanos e fixar as dunas, através da arborização.

A Liga Nacional de Instrução, sob a presidência de Bernardino Machado, foi a dinamizadora das festas, até 1912.
Com vista à “propagação, defesa e culto da árvore”, foi criada em 1914 a Associação Protectora da Árvore, que promoveu a defesa das árvores monumentais e ancestrais e apoiou a Festa da Árvore.

O Congresso da República decreta, em 16 de Março de 1914, a Lei n° 118, em cujo Artigo 1º se reconhecem como instituições de utilidade pública:

• a Associação Protectora da Arvore
• a Sociedade Protectora dos Animais.


Finalmente, a cultura política do Estado Novo, deu cabo da festa, (+/- proibida) de 1917 até 1970.

2 Comentários:

Blogger O Bicho disse...

1) Isto vem a propósito de uma parte da conversa com o Manuel Reis.
2) Parte das coisas deste post foi sacada do site "filatelicamente.online.pt".

20/12/07, 15:55  
Anonymous Anónimo disse...

Estes antigos tinham cá umas ideias!Ainda não sabiam, que se podiam plantar bairros de cimento, em tudo quanto é serra.
Como é que iriam viver os construtores,projectistas,camaras e até um organismo para salvar o meio ambiente?
O meu avô já falecido, não sabia lêr,mas explicou-me,que se não houvessem doenças, não eram necessários médicos

21/12/07, 12:57  

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