Sem Camisa
Há dias em Lisboa, captei esta insólita imagem.
Um homem em tronco nu, caminhava cabisbaixo, mas decidido, pela rua em direcção ao Centro Comercial da Mouraria.
Achei estranho. Não é vulgar, um homem, andar assim pelas ruas da nossa cidade.
"Coitado, pensei eu, nem a camisa lhe deixaram... porra isto vai de mal a pior!"
Porém, quando me voltei para trás, para ver o local de onde é que ele tinha saído, é que percebi qual o motivo porque ele não trazia camisa.
Tinha-a deixado ali ao lado, internada para recuperação no
HOSPITAL DE CAMISAS
Renovamos Colarinhos e punhos que não resistiram.
Colocamos botões e remendos.
Aqui mete-se as suas camisas de novo em pé.
Atendimento profissional.
Isto é o que diz o anúncio desta casa, no Poço do Borratém, em LISBOA.
Colocamos botões e remendos.
Aqui mete-se as suas camisas de novo em pé.
Atendimento profissional.
Isto é o que diz o anúncio desta casa, no Poço do Borratém, em LISBOA.
6 Comentários:
É dificil acreditar que, no ano de 2008, ainda haja lojas destas. Não que ache que devam acabar. Só não sei é como ainda sobrevivem.
Os grandes espaços comerciais, as lojas dos 3oo, os chineses, à primeira vista deviam ter acabado com toda esta pequena indúdtria. Felizmente, alguns ainda resistem. Não sei como, mas resistem.
Olha, acabou de me passar uma ideia maluca (mais uma), se as pessoas resistissem e persistissem mais, talvez tudo fosse diferente.
Bendito seja, quem mantem, sabe deus como, uma casa destas a funcionar.
Maria
Pena, serem só as camisas a ficar de pé ;)
Bom... isso agora, não sei, mas antigamente os portugueses eram conhecidos mundiaalmente pela facilidade com que faziam com que as "camisas sem mangas" ficassem de pé!
Hvia mesmo um dito popular que dizia: "Cá p'ra mim, português qualquer coisa me faz... digamos, impressão!"
Será que mandou "reparar" a camisa? Não me parece! Hoje em dia é mais barato comprar uma camisa que mandar "repará-la, om alguma chinesice é claro.
São outros problemas, outras camisas ... !!!
Uma outra profissão de outrora que ainda resiste aos tempos de hoje, é o amolador "conserto chapéus de chuva, amolo navalhas e tesouras!" É mais ou menos assim o discurso de um que passa perto de Chiado, nas vésperas dos dias de chuva. Há quem diga que eles advinham a chuva, e parece ser verdade. Outro nome que estes senhores tiveram, era os "capa-gatos", pois em tempos, era também uma das suas funções.
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