terça-feira, dezembro 28

10 Anos, é Muito Tempo

No Bichão nº 2.
Canção do Paulo de Carvalho, editada na altura, 10 anos antes das cenas de Amesterdão. Era o tempo em que esta amplicópia 50x60 – excelente trabalho fotográfico do Sr. Quim - fez parte da decoração do “famoso” 6º andar da Columbano, ao qual nem todo o Pessoal da Porcalhota teve acesso. Por razões diversas que não interessam agora, houve apenas uma restrita minoria de visitantes convidados, um pouco à semelhança do que teria sido norma no Bichão nº 1 (Reboleira), dos nossos amigos com mais 3 ou 4 anos de experiência na matéria.
O “Bichão 2” teve outros dirigentes e outros convidados, no entanto as actividades culturais e artísticas que lá se desenvolveram foram basicamente as mesmas.

1º – Na área da Sociologia e Psicologia, procurámos aperfeiçoar as relações interpessoais, orientando as acções para a vertente mais problemática da sociedade da época (e de sempre): as relações com o sexo oposto. Actividade essencialmente prática, teve em vista, acima de tudo, aprofundar o mútuo conhecimento e melhorar os métodos de aproximação de molde a minimizar o choque ou impacto inicial das primeiras investidas – a chamada canção do bandido.
Considero que tivemos muitos sucessos nesta área, principalmente graças a alguns sacrifícios de um e outro dos dois dirigentes masculinos da casa. Houve poucos casos de insucesso cuja culpa não se pode atribuir a inépcia (talvez apenas falta de vontade) do candidato.
De entre os casos (catastrófico) mais marcantes para o grupo, ficou na história do Bichão 2, uma frase pronunciada in extremis (à revelia dos bons princípios do local) por um convidado impaciente, pouco experiente e assaz mal-formado na matéria: - “pois é, ficam já a saber que são todos casados menos eu!”Boino dixit.

2º - No domínio das Artes, sobressai um importante trabalho na Fotografia. Reportagem de rua, de eventos artísticos, políticos e até casamentos e baptizados. Com o equipamento fornecido pelo Quim e graças à acção de marketing da dirigente feminina do Bichão e dona do apartamento, a actividade na fotografia atingiu níveis de autêntico profissionalismo.
Só de um instantâneo do Camarada Vasco (o General) foram impressas e vendidas milhares de cópias, de tal modo que o negativo que ainda tenho hoje, já não se consegue processar num laboratório normal.
Na fotografia de estúdio, o portfolio era deveras interessante mas indisponível para publicação. Houve lugar para exposições e participação em concursos internos e externos num dos quais tivemos o 2º e 3º prémios (selecção de E. Gageiro).
De salientar ainda o extraordinário empenho com que levámos a cabo diversas acções de formação na Câmara Escura do nosso Laboratório de impressão e revelação de fotografia. O objectivo principal destas sessões era, fazer vir, ou trazer, ao de cima a sensibilidade artística das candidatas, promovendo a exacerbação do sentido táctil provocada pela ausência de iluminação. Sentidos à flor da pele – método impecável.
Uma destas sessões está na origem da nossa habitual forma de chamar ao Quim, Senhor Quim. Hoje já podemos contar.
Enquanto eu industriava na Câmara Escura uma excelente e prometedora formanda, o Quim, nos confortáveis sofás da sala de espera fazia o sacrifício de entreter uma outra candidata, jovem artista do elenco da peça em cena na Filarmónica. Penso que a vontade não era nenhuma, o sacrifício era mútuo, mas talvez motivada pela ideia de cair nas boas graças de gajos importantes (até certo ponto) e fazer parte do grupo, a pequena saltou para o colo do rapaz e num tom de voz de entusiasmo diz: - “ai, Sr. Quim, gosto tanto de si!”
A 7ª arte, teve também os seus momentos de glória no Bichão 2, com a exibição em estreia nacional de películas directamente importadas da Suécia e da Tailândia.
...a continuar, se não for sensurado

5 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

REGRA ELEMENTAR DO BLOG. NÃO ESCREVER MUITO. ISSO PROVOCA NÃO SER LIDO!!! PALAVRA DE MESTRE. VAI-TE FODER MAIS OS TESTAMENTOS... ABRAÇO JC. OU LEIO EM SEIS OU DEZ LINHAS OU NÃO LEIO, XAU.

29/12/04, 02:49  
Anonymous Anónimo disse...

depois do 25 de Abril ler textos criptados...parece impossivel oh! LUIS!!!
Ou isto se escreve e diz ou então o circuito interno fica virgem como era antes. Eu não sabia de nada desse Bichão e ate hoje ainda estou para saber. Explica-te PORRA!!! Dia 8 temos de falar sobre quem censura quem!!! Se assim é...morra o Dantas morra! PIM! jc

29/12/04, 03:15  
Blogger O Bicho disse...

BLOG DIÁRIO = PEQUENOS TEXTOS, FRASES CURTAS. ASSIM DEVE SER!
Distracção minha. Estava a escrever para o Livro.
Publiquei a totalidade (em vez de excertos) de umas páginas que devia guardar na área pessoal.
Vou tentar refazer.

29/12/04, 10:56  
Anonymous Anónimo disse...

Oh meus queridos JC e Gigi, eu penso que os vossos blogs não têm nada a ver um com o outro e ambos estão nos meus favoritos. É já um ritual consultá-los.
O do JC tem alguma responsabilidade, é muito abrangente, destina-se a um universo de pessoas diferentes, onde ele próprio não se pode "alargar" muito e funciona, um pouco, como pensamento do dia.
O do Gigi, não tem essa pretensão, ora porque se destina a uma camada localizada, ora porque o blog foi criado com intenção de provocar um diálogo de amigos, logo não é um blog.
Cá por mim, fico muito feliz que o Gigi escreva umas linhas a mais, pois é sinal que está vivo, pois só eu sei o quão augúrio é o seu silêncio.
Força JC, força Gigi, eu sei que rumam para o mesmo porto.
Quim

29/12/04, 11:17  
Anonymous Anónimo disse...

Boa Quim.. Apoiado !!!
Pantas

30/12/04, 00:20  

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