Por onde vou
Abraços para o Pessoal!
Desta vez por Odemira
Outra vez em outro lado
Não sei para onde vou
Não sei porque volto
Não sei quando volto?
Grandes e pequenas histórias e imagens, de e para os meus amigos, em especial aqueles que viveram na Porcalhota e partilham as memórias do tempo da Filarmónica.
Abraços para o Pessoal!
Desta vez por Odemira
Outra vez em outro lado
Não sei para onde vou
Não sei porque volto
Não sei quando volto?
estava eu a pensar:
-"Enquanto estou por aqui, podia ir escrevendo alguma coisa para os Blogs do Pessoal e do Fotociclista."
Mas, não me apetece!
Vou continuar de férias (hermafroditas?) segundo o Rui Salvador e a cuidar do mau (meu) aspecto físico, para gaudio da Maria.
Pronto, já disse tudo.
"Para Além Do Mar De Atafona" (Maurício Saboya Pinheiro - Maio de 1995)
O sonho:
"Certa manhã, acordei com o mar à minha porta. Eu era o último habitante de Atafona (ou do que restava dela) ainda presente no local. Olhei pela janela e vi que as ondas já tocavam, lambiam suavemente as paredes da pensão de D. Lurdes.
Embebido em um conformismo absoluto, eu senti meus pés se molharem: a água estava cálida e convidativa. Naquela altura, o mar já entrava em casa barulhento, sem a menor cerimónia, como um velho amigo a me visitar. Fortes cascatas brotavam das frestas das janelas e das rachaduras, já numerosas, nas paredes - que teimavam em resistir, inutilmente.
De repente, num estrondo, tudo veio abaixo. A construção ruiu. Eu simplesmente deixei-me levar pelo mar, que me envolvia, me abraçava com sua água docemente salgada, morna. Foi como se eu tivesse voltado ao útero materno. Momento sublime, eterno, apoteótico."A realidade:
o Rio Paraíba continua secando e o mar avança furiosamente destruindo casas, até um quilómetro terra dentro, apavorando a todos.Na temporada de verão a maré derrubou 20 imóveis. Até a igreja de Nossa Senhora dos Navegantes, foi engolida, em 1991.Segundo os moradores de Atafona, a areia da praia é medicinal, mas ninguém deu muito valor a isso. Preferiram manter "vivas" as cinco ruas de asfalto, onde havia restaurantes, casas, comércio e circulavam carros e ônibus.
E como já é tempo disso, desejo BOAS FÉRIAS para os clientes habituais (por ordem alfa):
ANJ; BRUNO; CARLA; CRISTINA; KIM; MARIA; OR; PANTAS; ROMANO; RUI; SPUK; TODOS (os Outros que lêm mas não dizem nada); TODOS (os Outros que me não me lembro agora); XL.
Vou levar o computador portátil - se conseguir um espaçozinho no meio das duas bicicletas e das pranchas de bodyboard e bolas e raquetas e trotineta e máquinas fotográficas e telemóveis e carregadores de baterias e leitor de MP3 e um romance histórico para ler e uma vontade enorme de estar quieto a comer e beber à borda da piscina e... mais nada - mas acho que vai ser difícil encontrar lá por baixo uma Rede Wireless para comunicar na internet. Por isso, não se admirem se eu só disser coisas daqui a 8 dias.