terça-feira, julho 29

Procura-se emigrante Algarvio.


Pedido de um ilustre membro da Sociedade dos Poetas Advogados do Brasil:

«Estou a tentar descobrir a origem dos meus ancestrais parentes em Portugal. Nessa busca, encontrei uma Escola na cidade de Olhão que tem o nome de meu bisavô João da Rosa. Teria o "Pessoal da Porcalhota" algum leitor nessa cidade que pudesse fazer uma pesquisa sobre Jão da Rosa e enviar para o meu e-mail morja@intergate.com.br os seguinte dados:
- Se essa Pessoa emigrou para o Brasil e em que ano?
- Ou uma biografia do mesmo.

Ficaria grato pela ajuda, Mário Osny Rosa.»

Eis então o 1º resultado da pesquisa do Pessoal

Manuscritos de João da Rosa
Os franceses que dominaram Portugal, durantes as Invasões, instalaram uma guarnição em Olhão, que desagradou sobremaneira ao povo do lugar.
Segundo o escrivão do Compromisso Marítimo João da Rosa, durante a preparação para os festejos populares de S. António, ao arranjar o altar que o Compromisso tinha na igreja, destaparam as armas, símbolo da independência nacional.
"Este gesto provocou uma grande euforia e sede de liberdade, e no dia seguinte os populares levantaram a bandeira portuguesa acima sem temer o inimigo nem a mais nada senão a sua liberdade e serem fiéis ao nosso amado príncipe”.

O 16 de Junho de 1808
Foi então que, à hora da missa, o Coronel José Lopes de Sousa, arrancou da porta da igreja um edital dos franceses e depois um outro edital exposto na porta da cadeia. A guarnição francesa foi aprisionada e as bandeiras portuguesas içadas. “Todos unidos a uma voz e a uma vontade e dispostos a todos os perigos, os olhanenses prepararam-se para lutar e honrar o seu Portugal".
Sem medo das ameaças dos franceses, capturaram as tropas que vinham por mar junto da Barra Nova, e mais tarde interceptaram uma coluna inimiga junto da ponte de Quelfes que se dirigia a Faro por terra. Movidos pelo exemplo de heroísmo do povo olhanense, os povos de Faro e Tavira juntaram-se e expulsaram os franceses de uma vez por todas.
Escreve João da Rosa: "nestes dias todos que estivemos alevantados contra os franceses não vinha pão nem nada de fora da terra para este lugar e nos defendemos tanto fez de noite como de dia, todos nós pegados em armas das que havia sem ninguém descansar".

A viagem ao Brasil
Com a expulsão dos franceses, um grupo de olhanenses resolveu levar a boa nova ao rei D. João VI e sua corte, que se encontravam refugiados no Brasil. Os heróis partiram de Olhão em 6 de Julho de 1808 no Caíque “Bom Sucesso”, um pequeno barco

  • comandado pelo Mestre Manuel Martins Garrocho
  • e pilotado por Manuel Oliveira Nobre,
  • com os tripulantes, António da Cruz Charrão, António Pereira Gémeo, António dos Santos Palma, Domingos do Ó Borrego, Domingos de Sousa, Francisco Lourenço, João Domingos Lopes, João do Moinho, Joaquim do Ó, Joaquim Ribeiro, José da Cruz, José da Cruz Charrão, José Pires, Manuel de Oliveira e Pedro Nínil.

Orientados apenas pelas estrelas, as correntes marítimas e um mapa rudimentar, viajaram cerca de dois meses e meio, em luta contra o mar, as más condições de habitabilidade, a fome e a sede e evitando a Armada Francesa e os piratas. Todos os 17 tripulantes cruzaram o Atlântico e voltaram a casa sãos e salvos, trazendo a boa nova, que o príncipe concedera ao antigo Lugar de Olhão o título honroso de Vila de Olhão da Restauração.

segunda-feira, julho 28

Arquivos da Porcalhota (CML)

Crónica
"Da Porcalhota ao Bairro Taxa, passando pela Damaia".

domingo, julho 27

Beldades 1930


Prosseguindo a incursão pelas nossas praias no final de Julho de 1930, aqui fica uma refrescante imagem captada na Linha do Estoril.

"Duas lindas senhoras que pulam nas rochas do Estoril com a alegria da sua mocidade radiosa, mas que parecem recear o maillot muito mais do que o fotógrafo audacioso (o Paparasi era Horácio Novais) em exclusivo de “Ilustração Portuguesa”.

Duas belas irmãs de tipos bem portugueses a impôr a sua belêsa castiça ao dessoramento pseudo-desportivo da moda. Distinção e chique que não exclui… a modéstia."

sexta-feira, julho 25

Fim de Semana 138p


PARA BOM FIM DE SEMANA!

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quinta-feira, julho 24

meia hora


O miúdo, está impaciente.
Daqui a meia hora, vamos "entrar em campo" para ele estrear a “raqueta” nova, prenda de passagem do quarto ano (dantes era a quarta classe).
O campo de ténis está marcado para as cinco da tarde. Se fosse num outro lugar, seria uma verdadeira tortura ou até suicídio, jogar ténis a esta hora, no pico do Verão, mas… aqui à beira-mar na Praia das Maçãs, suporta-se bem; além disso, era a única hora disponível para hoje; e tinha que ser hoje, porque senão o “puto moía-me o juízo" durante mais um dia e uma noite.

Daqui da janela da sala, estou a vê-lo, na rua a treinar as habilidades no seu novo “skate”, a outra prenda (a da Mãe) de “passagem de ano”.
Não tarda nada, vem ele escada acima dizer-me:
- “Pai, está quase na hora, anda lá”.
Vou-me zangar, porque vai interromper esta sessão de “blogação” a que estou dedicado hoje à tarde, depois do almoço.

A propósito de almoço… o prato substancial do nosso almoço de hoje, foi uma tachada” de Mexilhão (à Espanhola, refogado em azeite, cebola e tomate) bem fresquinho, que apanhei esta manhã na maré vazia. Não troco este marisco por nenhum outro. Mentira, era capaz de substituir por umas Ameijoas à Bulhão Pato ou umas Cadelinhas com coentros, azeite e alho.

Postal do Algarve


Continuamos pela beira-mar.

Hoje em destaque, uma imagem de ontem - um eminente rochedo da praia dos Olhos-de-Água; em fundo a costa da praia da Falésia e o amontoado casario de Vilamoura.

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quarta-feira, julho 23

na Praia


a época está no auge

terça-feira, julho 22

Amigos dos Moinhos


O arquitecto que projectou a moradia das "Termas do Bombarral" incluindo esta réplica de Moinho Saloio que anima o espaço em redor da casa, foi - coincidências - o meu primo Jorge. Natural e residente na Região (Livramento) Oeste, ele é ainda um activo defensor da preservação dos Moinhos de Vento.


Segundo uma Associação de Amigos dos Moinhos, o Moinho Saloio foi importado da zona de Lisboa, onde existiam no final do século XVIII cerca de 500 moinhos, que tinham capacidade para produzir perto de meio quilo diário de pão por pessoa, a chamada "ração".
Foram estrategicamente construídos numa coroa que apanhava parte do vale de Alcântara, Amoreiras, Monsanto (onde ainda existem algumas torres), Oeiras, Loures e Amadora.
Esses moinhos funcionaram em pleno durante o século XIX, até que a logística e os custos de manutenção se tornarem incomportáveis. A revolução industrial veio concentrar a produção em uma ou duas fábricas de Lisboa e os velhos moinhos foram fechando uns atrás dos outros, deixando de funcionar, devido à evolução tecnológica.

segunda-feira, julho 21

Medidoras

PODE AMPLIAR
Estas geringonças davam trabalho aos fiscais da "ASAE" de antigamente.

Verificação inicial
É realizada junto ao fabricante da bomba medidora de combustíveis (petróleo) de azeites e óleos e da medida de volume, antes da comercialização, de modo a garantir que as mesmas mantenham as características exigidas pelas portarias específicas de aprovação de modelo.

Verificação periódica e eventual
Compreendem um conjunto de procedimentos que visam assegurar a permanência das características de fabricação da bomba medidora, do medidor de óleo e da medida de volume, bem como o seu correcto funcionamento e utilização nos postos de venda ao público.
A verificação periódica é realizada anualmente. A verificação eventual é realizada sempre que houver a necessidade de uma nova verificação em virtude da reprovação, conserto ou manutenção do instrumento ou medida em verificação anterior e nos casos em que haja obliteração (desaparecimento lento ou supressão) do Selo de Verificação.

Inspeção metrológica
É uma rotina fiscal executada a qualquer tempo, independentemente de outras verificações, sem que haja cobrança pelo serviço. O procedimento técnico é o mesmo utilizado na verificação periódica e eventual.

sábado, julho 19

Ginginha


..sem elas.
Ficaram em casa; não vieram acompanhar o Pessoal a beber a ginginha pelos copinhos de cana; porque os convites para o encontro no "Testa Alta", não sairam a tempo, mas que importa isso; também não fizeram cá falta.

sexta-feira, julho 18

Fim de Semana 137


Daqui directamente das "Termas" do Bombarral,
Oeste de Portugal, desejamos para todo o "Pessoal"
o BOM FIM DE SEMANA!

tradicional.

Sugestão da Semana
Para quem orienta os seus passeios
pelo GPS, aqui ficam as coordenadas.
Norte 39º 26' 43"
Oeste 8º 32' 47"

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Postal do Oeste


Estava o homem muito contentinho suspenso dos fios do seu Parapente,
pairando sobre as altas falésias, aproveitando com mestria a ligeira nortada que no Verão, sopra na nossa costa Oeste.
Mudou o vento, veio uma corrente de Leste, ou seja, dos lados da terra, (e como diz o ditado "de Espanha nem bom vento nem bom casamento" lá foi o gajo pelo ares a fora, sem conseguir voltar - e foi cair no meio do Mar.

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quinta-feira, julho 17

Termas do Bombarral


O encontro deste mês dos cinco sexagenários desempregados e ex-funcionários RTP,
decorreu nos Casais da Saimouca,
um lugar que já começa a ser conhecido por "Termas do Bombarral" principalmente
devido ao registo de temperaturas da água da piscina:

  • antes de almoço > 34º C
  • antes do jantar > 32º C

quarta-feira, julho 16

Arquivos da Porcalhota (ACSilva)

Arq CML
Na Rua Elias Garcia,
muito mais haveria, se a gente soubesse(*) para contar, acerca de cada uma destas casas, portas e janelas, bem conhecidas do Pessoal da Porcalhota.

A começar da esquerda...


permita-me os seguintes reparos quanto aos moradores do prédio da esquerda, a saber:

1) todo o r/c era destinado à loja, mercearia tradicional do Sr. José Peixoto do Amaral, avô do Eng. Rui Amaral, sendo a residênca deste, na traseira da loja e duas salas no 1ºandar. O Sr. Amaral era também o proprietário de um prédio situado na mesma rua, mais à esquerda, onde no r/c o inquilino era o Sr. Carlos da Barbearia.

2) No 1º andar, existiu em tempos o célebre restaurante Pedro dos Coelhos. Aqui residiu minha avó com meus tios. Nas salas das traseiras do prédio, mais as duas (no mesmo 1º andar do Sr. Amaral) as paredes eram decoradas com motivos campestres, que eram a perdição dos putos da casa (eu, meu irmão e o meu primo Emanuel, que nos anos 60 jogou nos júniores do Sporting e era o filho do Ernesto "pulga" que também jogou no Sporting e trabalhava na Fábrica de Malhas do Simões, em Benfica, e residente na Estrada dos Salgados.
Uma de minhas tias, a Luisa Patusco, foi maquilhadora das miudas das revistas amadoras da Sociedade Filarmónica, onde sobressaiam a Francelina e o Carvalhinho.


3) Nas àguas furtadas morava o Domingos Reis, casado com a tia Albertina. O ti Vitor Silvestre, sobrinho do sr. Amaral, que teve taxis na praça da Amadora (onde seu pai foi o primeiro industrial de táxis na Amadora e em Benfica) contou-me que havia nas salas do 1º andar, versos escritos nas paredes, alusivos à presença dos janotas dos finais do século XIX que frequentavam os "tascos" fora de portas.

Enfim... foi uma pena este prédio ter sido demolido, não só pelos belos azulejos da frontaria, onde ainda se podem ver algumas letras alusivas a casa de pasto como também às citadas pinturas decorativas das paredes.
Poderia contar mais histórias mas...
cumprimentos.

A C Silva.

Homenagem (2)


"HOMENAGEM AO TRABALHADOR JÁ REFORMADO"

(se o gajo vem a saber que eu publiquei isto, estou tramado...)

terça-feira, julho 15

Homenagem


Em poucas palavras!

segunda-feira, julho 14

Luiz e Luis


Já passaram 3 anos, ou foi apenas há 3 anos.
Desde então, para cá, desde o dia em que fizemos esta foto, em Bucelas, muita coisa mudou.
Deixei de fumar.
A TRANSGÁS já não é, acabou. Agora é a REN Gasodutos.
Por causa disso, mas não só por isso, entretanto, eu saí, não resisti, desisti.
Deixei de trabalhar.
(Não é bem assim, na verdade deixei apenas o emprego certo e bem remunerado).

Hoje tive notícias do meu amigo Luiz (com Zê) Polverari. Ele resistiu, contra todas as dificuldades e a todas as mudanças e lá foi ficando - agora ele faz a Administração de Sistemas. “O cara” que um dia disse: "amigão não esquece o que dizem os Índios da minha terra lá no Brasil - boi preso também pasta!

sexta-feira, julho 11

Fim de Semana 136


Ora bem... para não variar, o tempo aqui no Litoral Oeste, está muito estranho; não tarda muito está a chover.
Mas, para quem vem do calor do braseiro das planuras Alentejanas, este fresco até que sabe bem - só a humidade é que não tem nada bom.
Férias? Pois claro! O que a gente precisa é de um BOM FIM DE SEMANA!

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quarta-feira, julho 9

Estou on line


Chegou finalmente - recebi e estou a testar o Modem da Banda Larga móvel.

Internet em todo o lado, até debaixo de água, como se pode ver por esta imagem de um mergulho de hoje na piscina aqui do sítio.

sexta-feira, julho 4

Fim de Semana 135


Ouvi dizer que a "Crise de 1383-1385" está a afectar seriamente o "Pessoal da Porcalhota", a ponto de fazer chegar a contagem dos comentários do último post até aos limites (que não sei quais são) - mas não faz mal, gosto de saber que há gente que mantem o blog em actividade, mesmo quando eu não faço nada.

E... olhem,vou continuar (incomunicável) a dar os meus passeios aqui pela beira-mar, durante,

pelo menos mais um BOM FIM DE SEMANA!

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