sábado, outubro 29

Ora bolas..!


Paciência, volto no Domingo para acabar a história do Fanfas e do Lobisomem.

sexta-feira, outubro 28

Livramento


Nostalgia do Oeste.
No tempo em que as Férias Grandes duravam 3 meses e eram mesmo grandes e eu passava todo o Verão nesta aldeia isolada no meio das altas colinas do Oeste, distante da civilização, uma lonjura, a 50 km de Lisboa.
A chegada da Carreira do Barraqueiro, uma vez por dia, às 5 da tarde, era um acontecimento! Ainda a estrada não tinha alcatrão, era de paralelipípedos até ao largo pricipal e dali para diante até à Freiria (a aldeia fim da linha) era de terra batida com pedras.
Do tempo em que as minhas devotas Tias me obrigavam a ir à Missa. E eu me vingava-me, comendo algumas folhas do pão com que se faziam as Hóstias e misturando água no Vinho do Padre, quando ía para a Sacrisitia ajudar o meu Primo Seminarista, a preparar as coisas para a Missa.
Vou passar por lá e recordar o Grande Acontecimento que era a Feira de Todos os Santos no dia 1 de Novembro.

Pimpinelas 3


1- Maior; 2 - Escarlate; 3 - Menor
Andei a investigar na Botânica e descobri 3 tipos de Pimpinelas Flor.
E afinal os Chouchous (ou Xuxus ou Chuchus) só se chamam Pimpinelas para os Madeirenses.
E é curioso que eles só comem o caroço e deitam fora a parte boa do fruto.
Sempre achei os Madeirenses esquisitos, ou peculiares como diria o meu Tio Inglês.

Cor do dia 28



O presidente do Sporting anunciou hoje o fim do blackout «decretado» por Dias da Cunha a 4 de Outubro.

Fanfas, parte IV


Igreja e claustro do que resta do Mosteiro em Pitões das Júnias

Fanfas e o Lobisomem, final.

Conseguimos por fim descobrir o epílogo para o suspense em que deixamos o amigo Chico Fanfas no seu diálogo com aquele misterioso estranho de mau hálito e mania da perseguição. A cena continua na curva da Travessa da Quinta do Pau, ali próximo do único candeeiro, apagado, daquela rua.
Os altos muros brancos das quintas que ladeavam a calçada reflectiam com toda a intensidade a luz do lua cheia, que realçava o brilho de humidade das negras pedras do chão e desenhava claramente as sombras do Fanfas e de quem o acompanhava sem ter sido convidado.

quinta-feira, outubro 27

Finalmente Chuvento


Porreiro, finalmente temos um tempo normal de Inverno, com Chuva e Vento, como hoje logo de manhãzinha tive que gramar quando levei o pequenino à Escola.
O percurso:
- serão talvez uns 500 metros que se fazem em 5 minutos (a pé) ou 25 minutos (de automóvel) à saída, mas sem sair, de Massamá.
O que é chato:
- no nosso tão planeado "país" agora, cheio de PDM's, não fazem as ruas para as pessoas andarem a pé!
- as bem planeadas ruas das nossas "cidades" agora, são exclusivamente destinadas aos automóveis!
Conclusão:
- os responsáveis de obras das Autarquias não têm consideração nenhuma pelos pedestres.
- os desgraçados que não andam de automóvel, não interessam, pois não pagam Imposto de Circulação.
- o problema é que utilizando o automóvel assim, também ninguém chega a lado nenhum!

Uma Pimpinela


Aqui está ela.
Não é a "Pimpinela Escarlate" do Romance e Filme homónimo, o misterioso aventureiro da Revolução Francesa, inimigo de Robespierre.
Também não é Verde, como as Pimpinelas Madeirenses.
Esta é Amarela como todas as outras dezenas delas que crescem no meu quintal, até debaixo do telheiro.
O fruto original veio há um ano do quintal da minha Tia Inglesa de Valença do Minho e desde então não parou de ramificar.
São tenrinhas, não têm caroço substituem a batata ou e/ou o nabo e fazem um puré muito bom.
Também lhe chamam Chuchu - não sei como se escreve.

Azar do Fanfas


O 1º Taxi da Porcalhota, aqui fotografado em Lisboa, faz lembrar uma história passada com o Fanfas.
Algum tempo antes daquele fatídico encontro com o Lobisomem da Porcalhota, já o Chico Fanfas dava sinais de um certo desarranjo temperamental.
Certa vez,
com um copinho a mais, o Fanfas cismou que já tinha idade para fumar, mas o seu Pai entendia que não porque, além de outras razões, o Filho não trabalhava e por isso - "quem não tem dinheiro, não tem vícios".
Para fim da cena, esgotados os argumentos, o Fanfas saiu da Parreirinha porta fora clamando que se iria suicidar porque ninguém queria saber dele para nada e foi sentar-se no meio da estrada (R. Elias Garcia) esperando vir a ser atropelado pelo Autocarro do Chora.
Grande azar, a Carreira do Chora (autocarros amarelos da Empresa de Viação Eduardo Jorge) nesse tempo só ali passava 4 vezes por dia e nesse dia já não havia mais. Fanfas adormeceu no meio da estrada de onde foi retirado sem qualquer ferimento, no fim da tarde, para acabar de cozer a bezana no vão de escada ao lado da Tasca. Acredite quem quiser.

quarta-feira, outubro 26

Saudades de Chuvento


Janela virada a Oeste onde o Tempo, o Sol, a Luz, o Ar, o Vento, o Cheiro, a Pele, os Pelos, me transmitem uma Sensação segura e inexplicável de chuva iminente e eminente por causa de ser tão importante, esperada e desejada nos nossos campos.
O corpo animal que temos, ao fim de dezenas de anos experimentando as mais diversas variações do estado do tempo, consegue pressentir e aprende a transmitir ao seu dono, o cérebro, que vem lá Chuva e Vento.

E disse o Quim: "...o vento, este levará a mensagem algures onde o espírito afunila!"

Outros Artistas


Disse o Quim: "A Clara estava numa de tirocínio para uma hipotética carreira, mais virada para o Parque Mayer."

Isso era verdade para a Clara e também e muito mais para este rapaz que aqui vemos na sua melhor pose.

Quase todos os que colaboraram no teatro SFRAA, sabem quem é esta figura que faz parte de "Outros Artistas da Porcalhota".

A última vez que encontrei, o Francisco José foi em 1979 no Teatro Adoque (*) - estava ele de serviço ao balcão do Bar.

Brevemente, aqui mais espaço para, Outros Artistas.

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outra cultura


Não encontrei em nenhuma descrição do Mosteiro de Sta. Maria das Júnias, a explicação desta estranha Rosa Cruz Celta que fotografei no telhado da Capela.
Mosteiro Cistercense, ligado à ordem de Sta. Maria do Bouro (Amares), fundado em 1148, em Pitões das Júnias, nas Terras do Barroso, entre a Serra do Larouco e a do Gerês de Trás-os-Montes, Portugal.

terça-feira, outubro 25

Clara do Barbeiro

UM CLICK AUMENTA
Disse o Marcelo um dia destes num comentário:
- Sem tirar o valor ao Zé Maria, na época, para mim os melhores dançarinos eram "ZÉ DA VIOLA" e a "CLARA".

Mesmo a calhar, encontrei nesta foto de uma representação (não sei qual peça?) do grupo de Teatro SFRAA, onde é fácil reconhecer a Clara (filha mais velha do Carlos Barbeiro) aquela pequena de óculos, em primeiro plano, com quem o Chico Luís está a conversar. Também reconheço, para além do famigerado Carvalhinho (em pé), o rapaz da gravatac que me parece o Zé Silva, mas não sei ao certo?

Cor do dia 25


E acabaram as flores... do meu quintal.
Começou a chover, pouco ainda, mas já vão murchando as Zínias, últimas flores do Verão, talvez por isso o nome tenha a última letra do alfabeto.

Sai uma bica


"BICA ESCALDADA DE ÁGUA FRIA TEM MEDO".
Anónimo.

Nem sempre os publicitários são uns exagerados;
às vezes (bastantes) até conseguem ter a sua piada.

segunda-feira, outubro 24

Cor do dia 24


A estas flores, que podem ter muitas outras cores, acho que chamam Zínias.

Pessoal Internacional


O Pessoal da Porcalhota nas neves dos Pirinéus, na expedição de 1988.
Mas há mais umas quantas fotografias que podem ver no álbum na internet.

O GARRAFAL


O terrível destino: enclausuradas para o resto da vida no Garrafal.

domingo, outubro 23

Cor do dia 26


Esta coisa da fotografia digital, é uma maravilha.
Captar e guardar milhentas as imagens num cartãozinho miniatura e passá-las num ápice para o computador para tratar, recortar alterar o brilho, o contraste as cores e tonalidades e depois enviar as cópias que se quiser para quem quiser ou publicar de imediato na Internet para o mundo inteiro poder ver.
Tão diferente do tempo em que faziamos fotografia nos estúdios do Bichão II na Columbano!!!
Aqui está a cor do dia em imagem acabadinha de captar ali na rua.

OS TARTESSOS



Habitantes da Porcalhota há 8.000 anos.
Os primeiros ocupantes, organizados ou civilizados, do território dos vales do Tejo e Sado e Guadalquivir.
Os primeiros a explorar minas de cobre, ouro, prata e a trabalhar o Bronze e o Ouro para a criação de adornos e obras de arte - braceletes, colares, aneis, pendentes, etc.
Os primeiros produtores e exportadores de Vinhos VQPRD e DOC na Península Ibérica.

Estes malandros inventaram a EXPLORAÇÃO DO HOMEM PELO HOMEM - tenho que dizer ao Zé Machão.

Reza a lenda que o, grande cabrão, Rei Habis, filho de Gargoris, foi o monarca Tartesso que inventou a agricultura organizada, ditou as primeiras leis escritas, dividiu a sociedade em sete classes e proibiu os nobres de trabalhar, estabelecendo um sistema social em que uns poucos (ricos, nobres e poderosos) viviam à custa do trabalho e da miséria de uma maioria pobre. Esses coitados passaram a TAR TESOS.

sábado, outubro 22

Sheik das Berlengas


Finalamente uma fotografia original (1979) do Sheik das Berlengas, que naquele tempo, e naquelas paragens, escrevia:

Sinto o remar da vida contra a personalidade
Sinto o odor corporal das algas do pensamento
Tenho medo do silêncio das sombras e das bocas
As almas compradas na feira dos desentendidos
Pássaro esguio de bico amarelo pára de procurar
Não sobe, não sofre, não teme, não recupera, não não
Tens a chuva a subir no termómetro cheio de mar
Mar com amor sal sol plexo amplexo lunar

e nesse fim de tarde e fim de Setembro, finalmente ela chegou, passageira clandestina, numa traineira à deriva.

E PASSOU UM ANO

Nem acredito: consegui inventar - tretas, escritos e imagens - para esta coisa do Blog, quase todos os dias durante um ano inteiro, desde 22 de Outubro de 2004.
Acho que só foi possível devido à permanente colaboração dos comentadores habituais do Pessoal e mais a visão dos pontinhos vermelhos e verdes no mapa das visitas, que totalizaram 8.500 até à data.

PARABÉNS A TODOS!

sexta-feira, outubro 21

Novamente o Quim


Notícias fresquinhas de hoje, confirmadas, finalmente:
-> Subsídio de Desemprego para 38 meses <-

O pessoal cá de casa, mais uma vez e como é costume,tem que estar grato ao Quim, pela ajuda na solução do impasse. Falta agora o agradecimento também a Notre Dame.

Publicidade


As receitas da publicidade até hoje no Blog do Pessoal da Porcalhota: 43 Dolares.
Temos que melhorar isto, para ver se pelo menos, a coisa dá para comprar umas garrafas de whisky (ou talvez antes, vinho) para o próximo encontro do Pessoal em Janeiro 2006.

o verbo achar


Vai estar um bom fim de semana para achar, isto é, lançar achas à fogueira, queimar umas achas de azinho na lareira.
Por falar nisso, achei, numas ruínas nas Azenhas do Mar, esta velha e rachada lareira que, no seu tempo deve ter sido muito achada.
Mas que granda chachada de texto, vou mas é rachar lenha para aquecer.

quinta-feira, outubro 20

Origens SFRAA

O 1º edifício que eu ainda conheci

A Actual Sociedade Filarmónica de Apoio Social e Recreio Artístico da Amadora, cuja antiga sede e local da actual, foi comprada em 5 de Maio de 1953 ao Dr. Manuel da Costa (Médico) e mulher dona Alzira Nunes Claudio da Costa, moradores na Vila do Carregal do Sal, concelho de Sta. Comba Dão.
A SFRAA de então, tinha como presidente da direcção, o senhor Armando Corrêa de Lacerda, casado, empregado do comércio.
O prédio urbano era composto de rez-do-chão, quintal e dependências, custou 170 Contos, 50 dos quais pagos no acto da escritura e os restantes 120, pagos em prestações de 5 Contos/ano, mais juros à taxa de 6%/ano.
A escritura foi registada no Notário do Décimo Quinto Cartório Notarial do Concelho de Lisboa, Américo Pinto da Gama Leão.
Trabalho de pesquisa - Rui Salvador.

Azulejaria

Fotociclo 2005.
Mais um conjunto de azulejos e mini azulejos ali para os lados do Mar.

Recuperei as imagens que tinha guardadas no disco do meu ex-computador-portátil.

quarta-feira, outubro 19

Gosto desta

Fotociclo 2005.
Tenho que experimentar uma noite destas fotografar à luz do luar.

terça-feira, outubro 18

Morangos e Chantili

Não é original, mas...
é muito boa, a fotografia que eu copiei de um sítio, para servir de fundo à montagem aqui.
A verdadeira, a única que se aproveitou de um rolo inteiro de 36 negativos, anda algures na minha cave dentro de um caixote de antiguidades.
Todo o produto de uma sessão de fotografias artísticas que durou uma tarde inteira naquele sofá cama de estúdio do velho Bichão II, foi ao ar em 3 segundos.
Explico - Eu, o Quim e uma amiga Modelo barrada com Chantili e 1 Kg de Morangos e montes de fotografias até acabarem os Morangos e o Chantili.
Com a pressa de revelar as fotografias, abri a máquina para retirar o rolo sem antes o ter rebobinado. Resultado: praticamente todo o rolo ficou queimado.
Não havia nada a fazer, porque já tinhamos tomado banho e não havia mais Chantili.

para continuar

As histórias, contos e lendas da Porcalhota como o "Fanfas e o Lobisomem" , "Fanfas e o Autocarro" , "A Porca Suja" , "A Porca com Pintos" estão no prelo.
Estou com uma certa dificuldade em escrever e até em pensar - a gaita dos comprimidos que tenho que tomar... merda para as drogras.

A FILOXERA


O século XIX foi um período negro para a vitivinicultura.

A praga da filoxera, que apareceu inicialmente na região do Douro em 1865, rapidamente se espalhou por todo o país, devastando a maior parte das regiões vinícolas. Colares foi a única excepção, porque a filoxera não se desenvolve nos terrenos de areia, onde as suas vinhas se cultivam, ainda hoje.

Estamos feitos - não há maneira de a FILOXERA dizimar a porra do Governo - é que a maior parte dos importantes do PS e alguns do PSD são meus vizinhos ali em Colares e arredores.

Tá tudo bêbado


Fotociclo 2005 - Painel de azulejo na parede de uma adega nas Azenhas do Mar.

Enérgico na acção e suave no modo (*).

Acho que vão mandar fazer um painel igual para a parede do edifício do CONSELHO DE MINISTROS, ali para as bandas de Campo de Ourique, "tá tudo bêbado!"

(*) curiosidade histórica - em 1866, João Inácio Ferreira da Lapa, juntamente com António Augusto de Aguiar e o Visconde de Vila Maior, foram encarregados de avaliar a situação dos centros vinícolas do país e de estudar os processos que neles se adoptavam.

segunda-feira, outubro 17

Trancoso by the sea


Anúncio - Excelente terreno com vista de mar em Trancoso.
LAND FOR SALE IN TRANCOSO. Preço: US$ 195.000 (US$15.61 por m2).
Com área total de 12.490 m2 e 63 metros lineares de frente para o Mar.
Vista esplendida, localizado no Morro dos Macacos, a menos de 500 Mts. da cidade e logo atrás da Pousada Estrela D'agua.
A terra do famoso Sapateiro-Poeta-Profeta, Bandarra sofreu uma "deslocalização" (como agora é moda), ou o Mar galgou a terra até à Beira-Alta?
Mas não, isto só é verdade em Trancoso da Bahia, no Brasil.

Trilogia do Pénis


Como não podia deixar de ser, trilogias, não há duas sem três, aqui temos mais a do Dr. Bayard Fischer, médico andrologista reconhecido mundialmente pelo seu trabalho científico. Entrou para o Guinness Book no ano de 2000 pelo recorde de aumento peniano.
Autor da Trilogia do Pénis: trabalho único no mundo, as descobertas científicas mais atuais sobre o pénis.


E agora um bocadinho de história, by Severino:
-Sabiam que a Fábrica de Rebuçados do Dr. Bayard se situa na Rua Gomes Freire, na Venteira? É verdade, há mais de meio século que os rebuçados do Dr. Bayard são fabricados na Amadora, mais precisamente desde a década de 40 do século passado. Um dia, poderei relembrar a história desta fábrica, cujos rebuçados são tão bons, tão bons, que até se vendem na Farmácia.

Cor do dia 17


Branco ou Tinto - Rosé não há.
Para encher estas garrafas de uma adega nas Azenhas do Mar.
Fotociclo 2005.

Cor do dia 16


Verde a Preto e Branco.

domingo, outubro 16

Cor do dia 15


Retrato, amplicópia sem retoques, poster 50X60.
Uma das minhas melhores fotografias.
Odemira, 15 de Outubro de 1985.

sexta-feira, outubro 14

Cor do dia 14


Medronhos da Serra de S. Luís (Odemira).
Hoje era para ser Morangos, mas isso implicava contar uma história do tempo do Bichão II da Columbano e agora não tenho tempo.
Descobri por aí umas rachas mesmo a precisarem de ser tapadas, por isso, a história fica para Domingo.

Interludio


Manhãzinha cedo no campo - Ponte de Lima 2005.

Estou à espera do flat cable especial para ligar neste computador o antigo disco do meu ex-computador portátil onde (penso eu) ainda estão guardadas muitas fotografias da Porcalhota e da Sociedade Filarmónica de antigamente.
Fotografias que o Rui Salvador foi encontrando (e me foi enviando) durante as escavações arqueológicas nas memórias da sociedade, que ele tem efectuado durante o último ano, com vista à descoberta e consequente publicação da Verdadeira História da Sociedade Filarmónica Recreio Artístico da Amadora.
Enquanto não tenho acesso a essas imagens, para ilustrar convenientemente as fabulosas e mui preciosas histórias do Pessoal da Porcalhota, vou colando aqui outras (de minha autoria na maior parte) como esta, para interlúdio - com a música que vocês quiserem ouvir.

quinta-feira, outubro 13

Fanfas, parte III


Interior da Capela do Mosteiro de Pitões - o que resta.

Fanfas e o Lobisomem
Entretanto o coitado do Chico ia andando e pensando no problema das sombras sem descortinar uma solução para o caso. A pouco e pouco, quanto mais pensava, mais acelerava o passo e foi acelerando, acelerando até que, sem dar por isso estava quase a correr.
As sombras continuavam. A dada altura ele percebeu que havia duas coisas invulgares numa das sombras:
Primeiro, a sombra extra, não começava no chão no mesmo sítio onde estavam os seus pés como seria normal, mas sim um bocado mais afastada;
Segundo, era uma sombra que respirava, porque começou a ouvir atrás de si o arfar de uma respiração e a sentir na nuca um bafo de ar quente.
Alguém, concluiu ele, por sinal com muito mau hálito, o seguia mesmo colado nas suas costas.
O nosso amigo Chico, tentando controlar o terror que o invadia, encontrou na sua imaginação uma derradeira hipótese de explicação plausível para o que estava a acontecer. Estacou, e sem se voltar disse:
“ – Pronto, ó pessoal já percebi, chega de brincar aos apanhados do “Follow Me” andando grudado em mim. Vá lá, apareçam e mostrem onde está a câmara oculta. Eu, não sei escrever mas assino de cruz o papel a autorizar a emissão das imagens na TV”.
A resposta, só chegou passados alguns segundos de silêncio, o suspense próprio da situação, uma eternidade:
“ – Ó Chico, grande anormal que tu me saíste. Não percebes que estamos em 1950 e em Portugal ainda não há Televisão. Alé disso, dahhh… “

continua

Um Pintor


É só pinta, hoje não posso escrever.
Só uma rapidinha, lembrança do tempo das noites de jogatana do Pessoal da Porcalhota, em que UM PINTOR, eram 100 PAUS e era muita MA$$A.
Nesse tempo, o Quim, durante as sessões de Lerpa, tinha a mania de jogar ao PAR OU ÍMPAR com notas de 100 e era assim:
- quando coincidia ele e eu não irmos a jogo, isto é ficarmos uma vez a ver jogar os outros, o gajo pegava num Pintor e perguntava-me: "para ou ímpar"?
- eu respondia, por exemplo, PAR e ganhava a nota se o Nº de Série da mesma terminasse em número PAR; caso contrário, eu tinha que dar ao Quim um Pintor.
Simples, rápido e sem confusões.

A velhice


Coisas da velhice: vícios; previlégios; a (quase) reforma; o tempo de sobra; os sabores da vida (felizmente), ainda por cima dos dissabores.
Em resumo: saboroso peixe cozido (com Zê não é?) ao jantar com uns grelos bem tenrinhos, mais um vinho branco fresquinho, um Grants em cima para ajudar a queimar a gordura do azeite e... depois de quase um dia inteiro pendurado no escadote a espatular, isto é, a tapar as rachas das paredes e do tecto com massa (com 2 SS não é?) e uma espátula, era difícil não adormecer no sofá.
Esta coisa de tapar rachas (com CH não é?) dá cabo dum gajo. E então se começa logo de manhã ao levantar, é coisa para ficar sem forças para todo o dia.

quarta-feira, outubro 12

Jantar ao peixe


Aquário de 1975; peixe único de 1995; água de 2005.

Comida, lá me lembrei hoje de comprar uma latinha.
Há mais de 1 mês que o desgraçado só comia pedras.
Mesmo assim, está gordo e qualquer dia não cabe no aquário.

Peixe ao jantar


tela 30x40; tinta acrílica; bicho 2005

Semana de serviço à casa.
Mercado, peixe, jantar.
STOP - INTERVALO no BLOG.

Fanfas, parte II


Calçada romana de acesso ao Mosteiro de Pitões

Fanfas e o Lobisomem
Naquela altura, segundo a Ti Sampaia, o Fanfas não era ainda retardado, apesar de já demonstrar de vez em quando uma certa tendência pró desastre. Também não podia falar muito esta minha vizinha, Avó Sampaia, que morava sozinha com o seu Neto – o chanfrado do Zeca ou Quicas que não jogava com o baralho todo – numa das casas da Dona Efigénia de Sotto Maior, a Senhoria, dona e mandona da Quinta do Assentista e edifícios anexos.
Voltamos à história principal, a do Lobisomem do Fanfas, ou melhor, do Fanfas e do Lobisomem, porque nem o Fanfas era lobisomem nem o lobisomem era do Fanfas, não sei se estão a perceber.
Mas, adiante, naquela clara e fria noite de luar de Novembro, o nosso amigo já meio adormecido, perseguia calmamente a sua sombra que deslizava pelas irregularidades do chão de paralelepípedos negros, polidos e luzidios de humidade da calçada.
A sua sombra, não, as suas sombras. Com alguma dificuldade, devido ao estado de sonolência, o Chico Fanfas abriu bem os olhos e apercebeu-se que a sua sombra afinal eram duas. E ele pensou, ainda pensava: "- está bem, luz do candeeiro uma sombra e luz da lua outra sombra".
Mas ao passar próximo do candeeiro, reparou que este estava apagado, desligado, por qualquer motivo – talvez uma fisgada dos putos na lâmpada - não tinha luz! Aí o rapaz, repensou na situação e disse para os seus botões: “- porra está um frio do caraças, devo ter bebido bagaços a mais para aquecer e agora estou a ver a dobrar”.

terça-feira, outubro 11

E ainda...

...e ainda uma palavrinha de incentivo - a uma mudança de estilo - para uma quantidade de jornalistas, na sua maioria formados na escola de um fulano jornalista(?) que, para mim, era insuportável de ouvir, o Sr. Sena Santos da Antena 1 ex-RDP.
Esta fornada de jornalistas, quer dizer, especialistas em copiar e depois ler - a fingir que improvisam - ao microfone as notícias que recebem nos telexes e emails, é muito mazinha, digo eu e digo enquanto posso dizer.

Mais ocorrências

Como não há duas sem três, aqui fica mais uma, a quarta reflexão, reclamação, contestação, observação, sobre (e para) o pessoal da Rádio e Televisão.
Agora é só para ouvir com alguma atenção a peculiar forma de falar da maioria dos redactores do estado do trânsito nos programas da manhãzinha nas televisões e rádios, principalmente na SIC. Peculiar, é um termo muito leve para descrever os vícios de forma destes especialistas dos diários das ocorrências nas estradas do país.

Muito, ham, mauzinho


Mas muito, muito mau é ouvir o mais premiado jornalista pivot ex-SIC, e subdirector do Canal 1 da RTP, o José Alberto, a encaixar em quase todas as frases que pronuncia, aqueles ham haam haamm haamm.
Dasse, se o gajo trabalhasse na BBC, já lhe tinham mandado com umas fatias de Presunto (ham) às trombas, durante a leitura das notícias.
Ou então o assistente de realização interrompia o programa para perguntar – “ó homem desembucha, queres que mande alguém lá fora buscar um Hamburguer é?”

Por outra razões

Também não gosto dos gajos que, como o Jorge Coelho ou o Moita Flores, comem os SS no fim da proposição que precede algumas palavras começadas por R, como por exemplo nas frases: “… lembro-me que o rapazes do meu tempo…” ou “… aqui deixo a melhor da receitas para…”.

Com partilhar com

Irrita-me solenemente ouvir o Herman José, em quase todos os seus programas de Domingo, dizer “… e muito obrigado ao nosso convidado por compartilhar com os espectadores…”. Também já ouvi um ou outro ministro dizer esta mesma bacorada que acho que nasceu numa entrevista a um dos nossos jogadores de futebol a viver em Espanha e por isso mesmo a falar Portinhol.
Compartir em Castelhano é Partilhar em Português. E partilhar já quer dizer tudo, não precisa do Com para nada.

Ergonomistas


Penso que O Salvador, nosso amigo, teria muito para dizer (escrever) sobre este assunto.
Definição:
Os ergonomistas agem para transformar ou conceber situações de trabalho afim de que elas possam ser compatíveis ao mesmo tempo com o conforto e a saúde dos trabalhadores e a eficácia económica das empresas.
Pensando nisto, posso concluir que na minha ex-empresa, não havia bons ergonomistas ou então eu era um caso perdido, muito difícil.

Neblina da Madrugada


Na Foz do Lima, a Princesa do Lima, Viana do Lima ou do Castelo que já não tem.
Vou só aqui, tratar de um assunto legal (chato, folixado, complicado) e volto logo de madrugada para contar o resto da história.

Fanfas, parte I


Cães de guarda no portão do cemitério - Mosteiro de Pitões das Júnias.

Fanfas e o Lobisomem
Não sei se o elemento extra-humano nesta estória era o tão falado Lobisomem da Porcalhota, mas era, pelo que me disseram, um lobisomem e passou, pelo menos naquela noite pela Porcalhota, para grande azar do amigo Fanfas.

O Chico, mais conhecido por Fanfas, devido à maneira um tanto esquisita de falar, aos 25 anos ou ainda morava com a Mãe e o Pai (o velho Ti Luís) num aglomerado de casas e quintais, nas traseiras da Quinta do Assentista, ao cimo da Trav. da Quinta do Pau.
A Travessa que começava na Estrada dos Salgados, era uma rua empedrada de grossas pedras negras polidas, ladeada por altos muros que protegiam as Quintas do Pau e do Assentista. Por causa destas características, era a rua preferida dos putos para jogar ao cagalhão.
Nesta rua a iluminação pública resumia-se a um simples candeeiro, a meio do caminho na curva em frente ao portão da quinta do Pau, que eu recordo bem porque ficava mesmo a jeito do pessoal trepar para ir à chinchada das nêsperas que cresciam apetitosas mesmo ali por cima da borda do muro da quinta da Senhoria.
Mas, como não podia deixar de ser numa história destas, era noite de Lua Cheia sem nuvens nem eclipse de modo que, o nosso amigo Fanfas via perfeitamente o caminho empedrado, no regresso a casa depois de mais um bagacinho na Parreirinha da Porcalhota.

segunda-feira, outubro 10

ACABOU


Pronto, chega!!! Voltamos às cores do dia.

NÃO vou mais falar aqui da POLÍTICA DE MERDA DESTE PAÍS nem da PORRA DE JUSTIÇA D(EST)A NAÇÃO.
Eu disse Nação - já foi, há muito tempo atrás antes de ser uma República, ou mais recentemente durante o EURO 2004.
Vou só contar histórias do Pessoal da Porcalhota e outras tretas afins.
A primeira vem já daqui bocadinho, logo a seguir à meia-noite: "Chico Fanfas e o Lobisomem"

Sol e praia no limite

a imagem do fotociclo foi tratada,
mas o resto é verdade, verdade que toda a tarde de hoje houve uma linha ali a 1000 metros da beira mar que, de norte a sul, dividia o espaço em duas zonas, como se fora uma parede de vidro.

Para o lado do mar (Praia da Maçãs e Azenhas do Mar), bom tempo, sem vento e um sol aberto; para o lado da terra (Várzea de Colares e Serra de Sintra) a zona de mau tempo, carradas de nuvens escuras numa corrida de Sudeste para Noroeste.

habemos acqua


Fomos a votos!
Tivemos Chuva!

Vai chover mais!
E mais temporal se aproxima!

Tempestade tropical formada nos Açores dirige-se para a Europa:
a vigésima tempestade tropical da temporada de furacões no Atlântico, a «Vince», formou-se no domingo ao largo dos Açores e, ao contrário do que é habitual, dirige-se para a Europa e não para a América.