terça-feira, maio 31

A Funda São

Já não me lembro bem se a São está nesta fotografia ou não. Pode-se clicar para ampliar mas mesmo assim não consigo perceber. O mar estava um bocado agitado e a água estava turva. Acho que tinha muita cerveja. Mas parece-me que a lente estava um tanto embaciada, problemas do nevoeiro. É que ao largo de Peniche costuma haver aquelas sessões de névoa tão cerrada, tão húmida...
Por causa disso (da humidade) imaginem, depois de ter sido operado a um pneumotórax expontâneo fui passar umas semanas lá no meio do mar, no Forte das Berlengas, a conselho do médico.
À pois foi, já nem me lembrava, foi assim que começou a lenda do sheik das Berlengas. História complicada, começou numa noite de João Sebastião Bar em Lisboa, passou por Valença do Minho uns dias depois e finalmente a chegada ao apeadeiro Dagorda (Linha do Oeste) às 7 da madrugada.
Daí até às Berlengas, lá fui andando eu e mais uma sandes de torresmos, a apanhar o Cabo Avelar Pessoa para a travessia.

segunda-feira, maio 30

Afunda São

Isto era para começar uma estória de mergulho no mar das Berlengas, mas entretanto o JC fez aqui um comentário a propósito d' A Fundasão e eu fui visitar o Blog. Interessante e fez-me lembrar outras estórias mas essas passadas com a A Funda São e que não têm nada a ver com mergulho. Afunda, São! Dizia o instrutor de mergulho, quando... porra já estou baralhado com as estórias. Vou repensar, reflectir, recapitular fica para mais logo.

Afundação


Pensamento da semana
- Que se lixe a taça, a medalha é nossa!
- E o campeonato também.

- Então e o déficit?
- O déficit, é da puta que o pariu. Quer dizer, da política.

Ou o déficit da prostituta que o deu à luz, moderando a linguagem, porque a asneirada só serve para descarregar a frustação de não ter emigrado para bem longe desta espécie de batatal à beira-mar plantado (ou semeado?). Seja como for, a culpada foi a bastarda D. Teresa de Castela, que devia ter ido parir o D. Afonso lá para outra banda. O que vale é que já não falta muito para esta merda desaparecer quase toda, debaixo de água, quando o gelo dos glaciares das calotes polares começarem a derreter em resultado do aquecimento geral do planeta.

sexta-feira, maio 27

Afta shave


Remédio para as aftas.

Encontrei enfim, o remédio para a porra das aftas que andam a dar cabo da minha paciência. Desde há dois dias que não consigo comer nem beber nada de jeito por causa das ditas. Desde que o Governo anunciou as medidas propostas para corrigir o déficit, dasssse, parece que até já me custa falar e não sei se é por isso que já quase nem consigo escrever.

quarta-feira, maio 25

GRANDE MERDA


Voltei, já vi tudo e não foi preciso muito tempo para perceber o estado da Nação:
- Temos Benfica Campeão na Câmara de Lisboa
- Temos Alto Comissário para os Refugiados na ONU
- Temos Merda, Mais Merda, Muita Merda para QUASE todo o País!
Para dizer a verdade, não esperava outra coisa. Os prenúncios, "estamos mal... à... e tal, os outros gajos... a gente não imaginava!!!".
As previsões, AGORA estamos mesmo tramados, QUASE todos vamos ter que pagar.
- AGORA? Mas desde que eu me lembro, já é AGORA desde há muito tempo.
- QUASE todos, quer dizer NEM TODOS, porque os que nunca pagaram, vão continuar a não pagar.
- QUASE todos, quer dizer QUASE SEMPRE OS MESMOS, porque somos cada vez menos.
Cada vez há mais desempregados.
Cada vez há menos qualidade de vida.
Cada vez há mais políticos DE MERDA.

terça-feira, maio 24

Vontade de maldizer

Apetece-me criticar, dizer mal de qualquer coisa, vou desligar isto e vou ver televisão, não deve ser muito difícil encontrar nos telejornais, matéria para comentar. Já venho.

Temos respostas

na imagem: Tordo, Eurovisão 1973.
Encontrei resposta para algumas das perguntas, que ainda há alguns dias eu considerava sem resposta, como por exemplo:

  • P: O que é que os cabrões dos políticos, nestes anos todos, fizeram com o meu dinheiro?
    R: Toda a gente sabia, só eu é que não! Até criaram um Instituto para Gestão Financeira.
  • P: Será que posso mudar o meu dia sexual para a sexta-feira?
    R: Só é preciso escolher qual a sexta-feira (a 1ª, 2ª, 3ª ou 4ª) e qual o mês (Jan. a Dez.).
  • P: Quando é que o Benfica é Campeão outra vez?
    R: Este ano já foi, quer dizer já é, já não pode ser. Outra vez só em 2006.
  • P: Quando é que acaba o 25 de Abril?
    R: Precisamente no dia 26 de Abril às 00:00:00 H.
    Mas entretanto surgiu mais uma pergunta difícil,
  • P: Porque é que a RTP ainda concorre ao Festival da Eurovisão?
    R: Só alguém que tenha tirado um curso superior em Astrofísica percebeu alguma coisa do último Festival da Canção da Eurovisão... (crónica de José Júdice)

segunda-feira, maio 23

Eu só queria...

ver a festa até ao fim.
Mesmo com convite, não fui ver o jogo no Bessa porque deixei de assistir aos jogos decisivos do Benfica, desde que em 1988 fui a Stuttgart ver a final com o PSV.
Por isso, depois do jogo, quando se anunciou a festa no Estádio da Luz, lá fui confraternizar juntamente com uns 50 mil Benfiquistas que encheram o estádio, à espera de saudar a nossa equipa. Esteve tudo muito bem até os very-ligths começarem a voar e a fazer uma porra de uma cortina de fumo que não deixava ver o que se passava no centro do relvado.
Dasssse! Granda merda, eu que até deixei de fumar, já me chegava ter gramado com os fuminhos do axe (não me refiro ao desodorizante) dos gajos da fila de trás e mais o do tabaco das vizinhas do lado.
Pior ainda quando alguns animais mandaram barreiras ao chão, invadiram o relvado perseguindo os estafados heróis do Campeonato -os nossos campeões- e não deixaram o resto da malta que às 4 da manhã ainda enchia a Catedral, continuar a festa.

Papoilas Saltitantes


Ontem renasceram, flamejaram para cima de 5 MILHÕES em todas as cidades, vilas e aldeias deste País.
"Ser Benfiquista é ter na alma a chama imensa que nos conquista... as camisolas berrantes que nos campos a vibrar são papoilas saltitantes." O hino por Luís Piçarra.
Festejaram esta noite o título muitos Portugueses estrangeiros e também muitos estrangeiros Portugueses.

sexta-feira, maio 20

Hoje especialmente


Para o Quim.

Lisboa em Dez. de 1943


Folha de árvore recolhida em Lisboa, talvez na Av. da Liberdade em 1943, pela Tia Mocha, 5 anos antes de eu ter nascido. Esta espécie de fóssil da era moderna, ainda em muito bom estado de conservação, encontrei juntamente com algumas pétalas contemporâneas da 2ª Grande Guerra, dentro de um velho livro, o Manual Encyclopédico da Instrução Primária edição de de 1893, do qual um dia destes vou transcrever uns trechos históricos interessantes.
Às vezes penso nesta folha e tento imaginar o que se terá passado nesse dia 12 de Dezembro, especialmente em Lisboa. Bem acho que esta folha com data dava para escrever o script para um filme para levar ao festival de Cannes.

Ponte Romana IV


A chamada Ponte de Vila Formosa, sobre a Ribeira da Seda, próximo da Chança - Alter do Chão - Alentejo.
Revisitada aqui no Blog do Pessoal, por duas razões:
1ª- Correcção da informação do link sobre a foto no post de Fev. 27,
Vale Barqueiros, que apontava para a ponte romana de Monforte em vez desta, conforme me chamou a atenção num comentário, um "amigalhaço" natural da região;
2ª- Porque há uns dias atrás um amigo que veio de Alter, me trouxe três garrafas de vinho Vale Barqueiros reserva especial 2001. Mais informo que, desta vez não as vou guardar durante uns anos para depois fazer o sacrifício de beber tudo sozinho, pois já tenho companhia prevista para uma sessão de tirinhas de entrecosto grelhado.

quinta-feira, maio 19

Praia da Torre

AMPLIAR
Nesta foto (Click para AMPLIAR) só alguns eu consigo identificar. Os outros espero que alguem saiba e o diga aqui e melhor ainda, lhes diga a eles para aqui verem esta memória dos tempos, anos 60(?), em que a Praia da Porcalhota se mudava para a Praia da Torre (Oeiras).
1- não sei; 2- Severino?; 3- não estou a ver; 4- Zuca?;
5- Taxu?; 6- Quim; 7- Marujo, este é mesmo o único de que tenho a certeza.

quarta-feira, maio 18

Monocultura 2004


Acrílico 30x40 cm

terça-feira, maio 17

Cansado de dormir


Gruta do Santo do Sono, na Penha de Guimarãres.
Não sei muito bem porquê, mas estou cansado desde sexta-feira 13. Todas as manhãs, tem sido difícil o despertar. Acordo, levanto-me e vou para o sofá descansar. Isto alembra-me um mê compadre de Aljustreli, que costumava dizer a propósito:
"de noite nã drumo;
de manhê é c'aferro;
batêm'à porta;
mê mano é c'ouve!"

sábado, maio 14

Receita da semana


Neste fim de semana vou-me dedicar à pesca. Disse-me o pessoal lá da Praia que agora é que está a dar, como se pode comprovar pela imagem. Vou ver se consigo apanhar pelo menos uma para experimentar uma receita à moda do Restaurante "O Moínho" de Ponte da Barca: Posta Barrosã com Arroz Malandro.
Posta Barrosã
A posta barrosã tem que ser da rabada da vitela e deve ter uma espessura de 3 a 4 cm.
É temperada na hora de grelhar, só com sal.
Grelha-se na brasa de carvão forte, até ganhar cor.
Depois de grelhada é passada pelo molho constituído por azeite, vinho branco, vinagre, pimenta, alho e alecrim.
Antes de servir é aquecida ou fervida.
Arroz Malandro
Isso toda a gente sabe como fazer a partir de um refogado (ou como se diz do norte, estrugido) de cebolinha em azeite com salsa, louro e alecrim.
Vinhão (tinto verde)
Esta casta muito especial, só para alguns apreciadores, acompanha muito bem o pitéu.

sexta-feira, maio 13

Para compensar


Aqui ficam (obtidos seguramente por manipulação genética) alguns verdadeiros Trevos de 4 Folhas para tentar minimizar os possíveis azares duma Sexta-feira 13 e que ainda por cima se segue a uma Quinta-feira (o tal dia sexual).

Um exquadro


Isto era um quadro que já não é o que era porque entretanto peguei numa régua e no exquadro e desenhei outras coisas por cima - mostro um dia destes - que não tem mesmo nada a ver com esta imagem.
Aqui há tempos encontrei uns restos de um poste de electricidade, daqueles antigos de madeira, que ainda tinha agarradas algumas canecas de cerâmica, daquelas chamadas canecas de pau-de-fio a que a malta antigamente gostava de fazer pontaria à fisgada.
Tirei as canecas do poste e trouxe para casa umas quantas e um dia começaram por ser o motivo principal deste ex-quadro, mas não foi para a frente o projecto e lá se foi também para o caneco a oportunidade de chamar a atenção para a grande importância que as canecas tiveram na melhoria da nossa qualidade de vida.
Sem as famosas canecas o vulgar interruptor electrico não servia para mais nada a não ser para ligar e desligar ideias.

Alienação IV


Hoje, o que tem interesse não é o acontecimento em si nem as suas causas ou efeitos. Nada disso importa, o que é importante é a Notícia em si mesma. O evento que está na origem da Notícia passa a ser secundário depois de no princípio ser o elemento necessário e suficiente para desencadear um processo de Notícia.
Seria interessante desenvolver este tema, mas já não é preciso: o boneco do Quino entretanto publicado no Blog d’O Salvador diz praticamente tudo.

quinta-feira, maio 12

Alienação III

autor da foto: Quim - 1974/5
Também preciso avisar que: quando cessar a minha responsabilidade de contribuinte gestor de projectos de sistemas de informação e comunicações, vai ser muito difícil a manutenção deste espaço Blog do Pessoal da Porcalhota.
Estou a pensar, e não devia, perguntar ao Quim se ele estará preparado para receber uma formaçãozinha que lhe permita continuar a fazer administração diária deste blog ou de outro semelhante que se possa vir a criar para o mesmo efeito.
Acho que ele (Quim) tem imaginação de sobra, facilidade de escrita, gosto pela comunicação e desenvolvimento de relações interpessoais e por fim uma extrema dedicação ao pessoal da Porcalhota.

Alienação II


Só agora reparei no dia da semana, afinal, hoje é quinta-feira, a porra do meu dia sexual. sendo assim já tenho mais do que uma explicação para esta má disposição.
Mas continuando na ideia da alienação, posso informar que estou danadinho para ceder a outrem o meu lugar de contribuinte activo, quer dizer deixar enfim de contribuir para a involução deste país.
Ficar um bocadinho quieto a fazer de Velho do Restelo e ver este Portugal a afundar, muito antes da acção do degelo dos glaciares polares. E vou fazer os possíveis por não pensar muito porque "o pensamento é o cancro da humanidade" - como disse o poeta.
Não pensar para não fazer perguntas sem resposta como,
- o que é que estes cabrões, nestes anos todos, fizeram com o meu dinheiro?
- será que posso mudar o meu dia sexual para a sexta-feira?
- quando é que o Benfica é Campeão outra vez?
- quando é que acaba o 25 de Abril?

Alienação de Responsabilidade

Granda pinta de frase esta, que agora mesmo me passou pela mente para dizer:
- a minha passagem à reforma vai acontecer, mais depressa do que toda a gente pensava, o tempo voa.
Para mim está na hora, chega de trabalho, bem ou mal pago, tanto faz, estou farto, muito farto mesmo, de contribuir todos os meses desde há 30 e tal anos com uma percentagem do que me querem pagar, para nada!!!
É isso mesmo, contribuir para nada que se veja, nada que se possa dizer que existe e que foi criado ou desenvolvido graças ao meu trabalho e de outros zezinhos como eu...
Não vejo isto andar para a frente, antes pelo contrário. Provavelmente, se mudasse as lentes, era capaz de ver melhor, podem dizer. Mas acho que não. No tempo da outra senhora, esta merda não andava, esteve tudo parado praí uns 40 anos. Eramos então uns atrasados do caraças, mas uma coisa (quase) toda a gente sabia:
- sabíamos de quem era a culpa ou quem era, no caso, o culpado do atrazo de vida. Era somente o cabrão do velho.
A gente sabia, mas não podia dizer. Pois, não se podia dizer nada, nem sequer dizer que se sabia que eramos atrasados e muito menos dizer que se sabia de quem era a culpa.
Agora, a grande diferença, é que há montes de culpados, disto, daquilo e daqueloutro, de tudo e mais alguma coisa, mas não serve de nada a gente saber isso e poder dizer. Quer dizer, fica tudo na mesma e para a próxima vez há-de haver outros culpados e mais outros.
Sabe-se tudo, podemos dizer tudo, podemos "chamar os bois pelos nomes". Mas e depois... tudo na mesma!!! Os culpados normalmentre não passam de alegados culpados, assim como as vítimas também são quase sempre alegadas vítimas.
Afinal nunca se passa nada, ou tudo não passam de alegadas suposições.
Agora o que me apetece é mandar isto tudo para os co..ões.

quarta-feira, maio 11

Pessoal no Algarve


Para Mim, para o Mano Zeca e para o Camacho e o Mota (que não se vê aqui), esta imagem fixa a primeira vez que qualquer de nós pôs os pés no Algarve. Já tinhamos vinte e tal anos. Um dia resolvemos ir visitar o Amaro a Portimão e, sem dizer nada a ninguém, juntamos 50 paus cada um para as despesas e lá fomos andando.
Até esta altura (1974) o Algarve, não era muito "frequentado" por portugueses. Agora é um bocadinho mais acessível ao portuguesito, embora contra a vontade dos algarvios, lá teve que ser, mas também não é muito...
Aqui estamos, na esplanada da piscina de um Hotel ali para as bandas de Lagoa, onde o Júlio Amaro nos levou - ele tinha ou ia ter lá uma exposição, segundo creio.

Teatro na SFRAA


Esqueci-me do que tinha pensado escrever acerca desta imagem.
De modo que, sendo assim também não interessa, pois se não me lembro é porque não devia ter piada nenhuma. Tem dias (cada vez menos) o bom humor. E a imaginação nem sempre é tão criadora como era preciso.
Bem, o que ainda sei é que podem clicar na Foto para ampliar a imagem do "jeitoso" que a seta aponta. O que já não sei é o nome e data de mais esta peça de teatro da SFRAA.
Ora digam lá qualquer mais para completar a cena!

terça-feira, maio 10

Farol de Hércules


Capital da Galiza - A Coruña.
Já que ando numa de história, também aqui no noroeste da Península, pude (e podem ainda) apreciar esta obra única de construção do Sec. II, engenharia dos Romanos - um Farol quadrangular.

Monsieur de La Palice


O Maréchal Jacques de Chabannes, o Senhor de La Palice, foi afinal um verdadeiro artista da cavalaria Francesa, morto em combate em Pavia, 1525.
Sobre a sua morte sói dizer-se: "Un quart d'heure avant sa mort, il était encore en vie." Esta é uma "lapalissada" ou verdade do Senhor de La Palice (ou La Palisse).
Qual não foi o meu espanto, quando nos meus passeios por terras de França, um dia na região de Auvergne, encontrei um letreiro na estrada que dizia "La Palice - 5 Km". Cheio de curiosidade segui essa direcção e não é que passados 5 km cheguei à vila chamada La Palice, onde existe, de verdade, o Castelo do Sr. de La Palice, la Maison de Chabannes, que ainda pertence à família deste famoso Maréchal Francês.
Santa ignorância, imaginem que só nessa altura é que fiquei a saber que afinal, Mr. de La Palice existiu mesmo.

segunda-feira, maio 9

Minhota de Aljustrel


Um original de Silva Carvalho.
Quando encontrei esta velha aguarela, no meio das coisas da minha tia Mocha, achei piada por causa da Minhota nele retratada ser muito parecida com a que foi a minha primeira mulher, Alentejana de Aljustrel, portanto mesmo nada minhota.
Entretanto reparei na data que me parecia 1806 ou 1816 e investiguei o nome Silva Carvalho. Descobri um ilustre membro fundador do Sinédrio no Porto, uma associação revolucionária de que veio a resultar a Revolução Liberal de 1820. Na internet, encontrei a assinatura deste herói das lutas Liberais-Absolutistas de Portugal e comparei com a da aguarela - nada parecida.
Portanto, não sei quem foi este Silva Carvalho e a data não pode ser 1800 mas sim 1900, pois 200 anos seria tempo demais para conservar uma aguarela ao ar livre.

Ponte Romana 3


Pont du Guard - Provence.
Hoje é notícia o fim da 2ª Grande Guerra e isso fez-me lembrar esta ponte que, graças a não sei o quê ou quem, foi poupada pelos bombardeamentos, enquanto uma outra não muito loge desta (em Arles) foi arrasada.
Esta ponte Aqueduto com 3 níveis, para fornecimento de água a Nimes, é a maior obra de engenharia civil do Império Romano que eu conheço na Europa.
Eu acho até, que há muito mais monumentos do tempo dos Romanos no Sul de França do que em Itália. Em Arles e Nîmes, por exêmplo, encontrei as mais bem conservadas arenas/praça de touros/coliseu romanas, onde ainda hoje se realizam Corridas de Touros à Portuguesa (aquelas com Cavaleiros e Forcados); lembro que a primeira vez que por lá passei, encontrei o Grupo de Forcados Amadores da Chamusca; também em Nîmes existe um Forum Romano (como o Templo de Diana de Évora) ainda com telhado e paredes e porta.

domingo, maio 8

Pôr-do-sol estranho


Mais uma vez, o pôr-do-sol não engana.
A alteração de cores do fim do dia de Sábado, na minha janela era presságio de desgraça iminente. A catástrofe aconteceu, lá para o norte, para as bandas de Penafiel.
Está a ser difícil fotografar da minha janela um pôr-do-sol decente, com aquela luz avermelhada, prenúncio de bom tempo para o dia seguinte.

sexta-feira, maio 6

Comunicação interna


Para: Exmº. Sr. Dr. F. Santos
De: FDP de C. Pires
Assunto: Ocorrência em 4-10-78
Para os devidos efeitos comunico a Vª. Exª. o seguinte:

- Tomei conhecimento que no passado dia 4/10/78, enquanto regressava do Porto, um grupo de empregados do CI/RTP que, durante a hora do almoço, resolveu almoçar no parque de estacionamento em frente a este Centro, mascarados, dando um espectáculo, pelo menos triste.
- Este assunto foi altamente comentado na vizinhança e por certo que o não foi em termos elogiosos para a RTP.
Assina.: o FDP, em 6/10/78

Av. Infante Santo - Lisboa


Vista aérea do parque de estacionamento durante o Almoço do 4 de Outubro.

quinta-feira, maio 5

Não há espiga!!!


Penso que é um termo utilizado na linguagem corrente hoje em dia pela "malta jovem", que quer dizer "não há problema". Mas hoje, há Espiga, porra! Porque hoje é quinta-feira, a Quinta-feira de Ascenção.
E como é que a gente sabe disso? Este dia não vem assinalado nos calendários de forma especial. Não é feriado! É verdade, eu também não sei como é que as pessoas se lembram?
Eu só me lembro quando, no mesmo dia, vejo alguém com o tradicional raminho de espiga. E só vejo isso porque trabalho no campo (ou como se dizia dantes, na Província) em Bucelas, onde as pessoas da terra ainda cumprem a maioria das tradições de carácter semi-religioso, como esta de colher um raminho de trigos, oliveira, umas papoilas e alguns malmequeres, na quinta-feira que sucede sempre 40 dias após a Páscoa.
E podemos adiantar que se contarmos 60 dias depois da Páscoa também calha sempre a uma quinta-feira, neste caso é a do Corpo de Deus, que é por isso mesmo um feriado móvel.

Por-do-sol em Massamá


Da janela de minha casa em Massamá, a vista da hora do por-do-sol sobre a Serra de Sintra é muitas vezes espectacular.
Diz o povo, que as cores do céu no final do dia são muitas vezes prenúncio de acontecimentos extraordinários.
Foi o caso de ontem à tarde, e eu não resisti a fotografar a estranha cor que banhou os céus.

quarta-feira, maio 4

Serigrafia Brillant


Esta, tem o número 147/160 e assinatura Júlio Amaro, não é esta a do Brillant (*), é das mais antigas e está na minha sala desde sempre, isto é, desde que tenho uma sala, talvez a partir de 1980.
Vou mandar reemoldurar agora porque o "passe partout" original já está muito cagado, por causa do fumo da lareira e do tabaco.
(*) Júlio Amaro Brillant é a assinatura que está na única obra original do Amaro que eu tenho. Trata-se de uma pequena aguarela (a4) já um tanto descorada pelo tempo.

terça-feira, maio 3

Pormenores de um almoço


Continua...

Intervalo para almoço


Na quarta-feira, 4 de Outubro de 1978.
Foi assim, bem servido, o almoço dos 5 marados da Infante Santo. Um Mordomo à maneira, o "Quicas" e uma mesa muito bem decorada para um completo manjar cujo prato forte foi uma verdadeira feijoada.

segunda-feira, maio 2

Venderam-se todos

Andares na Buraca.
No tempo em que o Sr. Quim era o Director Geral de Vendas da empresa de construção, o Camacho teve uma idéia para "sacar" umas massas extra a este bem sucedido empresário da construção civil.
Proposta: confecção de uma faixa de 16 metros de largura de serapilheira impermeável pintada com letras de 1,5 m de altura para colocar nos prédios em construção de forma que se visse bem ao longe "ANDARES VENDEM-SE".
O Quim foi porreiro e pagou muito bem o trabalho - talvez uns 500 paus cada metro - 8 contos era muita massa, mas o Sr. Quim naquele tempo era rapaz para ir a Paris só para "jantar" com uma amiga e voltar no dia seguinte, por isso... tudo bem.
O Camacho, comprou o material e eu desenhei e pintei as letras, num salão vazio do Centro Cultural e Social dos Trabalhadores do Comércio que era mesmo ali no Rossio.
Curiosamente, em 1981, eu acabei por ir habitar este último andar aqui na foto e acho que há poucos anos atrás ainda se encontrava no sòtão do prédio o "catrapázio" com todas as letras visíveis.

Portimão 1975

J. Amaro no jardim.
Na 2ª vez que fui ao Algarve, encontrei uma grande exposição de telas do Mestre Amaro, em pleno jardim de Portimão. Todas as obras presentes nessa exposição representavam uma rotura com o estilo até então, não sei se posso chamar "clássico" do pintor que nós conheciamos. Influência de arte comtemporânea ou tentativa de aproximação ao estilo "modernista" ou "surrealista" ou sei lá o quê que era diferente do que o Amaro normalmente tinha feito até então.
Uma coisa é certa, apesar de o jardim ser mesmo junto ao Rio Arade, o conjunto apresentado nesta exposição não tinha o peculiar "cheirinho a maresia" que o Camacho conseguia sentir quando apreciava as típicas "marinhas" do nosso amigo Amaro.
Na foto, o artista descreve para uma turista, os sentimentos que o motivaram na criação da obra que vemos em fundo.

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domingo, maio 1

1 de Maio de 1980

Não foi Dia da Mãe.

1 de Maio de 2005

Foi Dia do Trabalhador.
Ou melhor, foi dia de descanso do trabalhador.
Já não me lembrava, mas uma sra. da Caixa Nacional de Pensões, na sexta-feira passada foi vasculhar aos arquivos e informou-me que fez este mês precisamente 35 anos que eu fiquei agarrado a este f.d.p. deste vício que chamam trabalho (mal) remunerado por conta de outrem.
Pensando bem, já tinha direito a mais do que um dia do trabalhador.