Postal do Tejo 28
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Grandes e pequenas histórias e imagens, de e para os meus amigos, em especial aqueles que viveram na Porcalhota e partilham as memórias do tempo da Filarmónica.
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Inesquecível a emoção... os primeiros passos, quase correndo para acompanhar o passo rápido do amigo Kim, na rede de túneis de acesso à estação (Porte Quelque-Chose) da linha (4?), que servia o terminal de autocarros oriundos do Aeroporto de Orly.
Ainda não tinha percorrido cem passos, desde a entrada do túnel, quando ouvi um franciú atrás de mim chamando, "Monsieur!
Attendez, s'il vous plaît, monsieur." Virei-me para trás, por curiosidade, sem sequer me passar pela cabeça que, o "tal monsieur" era eu.
"Porra!!! Qué queste gajo quer? Ainda agora cheguei, qué queu fiz?", foi o flash no pensamento, ao aperceber-me que ele se dirigia rapidamente para mim.
"Votre appareil photografique. Il est tombé, là-bas, dans l'escalier", disse o educado franciú, estendendo a mão com a minha máquina fotográfica. Tinha-me caído do bolso do blusão.Fiquei tão surpreendido, pasmado, impressionado, que quase nem consegui agradecer. Espantoso! Logo à chegada à Cidade Luz... onde sempre tinha ouvido dizer que, tal como em Londres e Nova Yorque, ninguém pára na rua por causa de ninguém. Nem olham para os que se cruzam com eles nos passeios.
Nem pensar em pedir alguma explicação ou ajuda a um transeunte dessas grandes metrópoles - não têm tempo e até ficam desconfiados, receosos, se um desconhecido os aborda inopinadamente no passeio de avenida.
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SEXTO - "A BOLA"
Há pouco, começou a chover em Lisboa.
Coisa que já não acontecia há bastante tempo - há uns quantos meses.
Contudo, apesar das ameaçadoras nuvens cor de chumbo, que se avolumam para os lados do rio, Jorginho não interrompeu a caminhada avenida abaixo, pois sentia-se razoavelmente protegido pela densa folhagem das árvores cujas copas abarcam todo o passeio.
A chuva, foi coisa pouca. Foi mais o barulho do que a molha, pois acabou mesmo antes dele passar na curva da Estação do Rossio. Nem chegou para espantar das ruas os turistas que aproveitam o morno Outono da nossa terra para calcorrear as velhas ruas da cidade.
Hoje andam cá muitos camones Escoceses - reparou o Joca - apercebendo-se da presença de muitas pernas nuas e peludas, nos grupos que ocupavam as esplanadas da Avenida. São os homens de saias - pensou - os que vestem o tradicional kilt, só não trazem as gaitas-de-foles à vista.
Pois não, a música é outra. O tilintar dos copos e das canecas de cerveja que se apressam a emborcar, para lubrificação das cordas vocais, no intervalo dos cânticos gaélicos que entoam.
Mas... quase todos vestem camisolas com riscas verdes e brancas como as do Sporting. Só que, no emblema bordado tem um trevo de quatro folhas em vez do símbolo do clube português - o leão. Tanto quanto sei, estranhou Joca e Eu também, se não me engano, o Trevo é o símbolo da Irlanda. Afinal, como é? Sportinguistas Irlandeses fardados de Escoceses ou Escoceses da Irlanda apoiantes do Sporting?
A explicação, veio logo a seguir, dada por um bando de rapazolas que desembocavam na Praça do Rossio, vindos da Rua Áurea, envergando camisolas e cachecóis do Benfica.
Ao passarem por um grupo de Escoceses, sentados na esplanada do Nicola, desfraldam uma bandeira do clube da Luz e entoam o cântico "SLB! SLB! SLB! GLORIOSO SLB!!!"
Um deles acrescenta mesmo: “BENFICA, Três; CELTIC, Zero. E logo à noite, levam mais!”
Jorge, entendeu então que os estrangeiros eram adeptos de um clube que vinha jogar na Catedral, contra o Glorioso. Pelo nome (Celtic) tanto podia ser da Escócia como da Irlanda, uma vez que os antigos Celtas deixaram profundas raízes tanto num lugar como no outro.
E chegando-se mais perto do grupo, perguntou: ”Afinal de que clube é que são aqueles palhaços?”
Resposta do rapaz que parecia o mais pacato: “Do CELTIC de Glasgow, na Escócia!”
De repente, fez-se luz no espírito do Jorginho.
A clarificação penetrou por uma janela aberta na memória, fazendo chegar à consciência, a boa recordação do jogo a que assistira na época passada, em que o SLB deu TRÊS - ZERO a um clube Escocês, com um equipamento à SCP, que foi fundado por um Irlandês.
Grande mixórdia...
Esta terra tem cheiro de flores e de mar.
Cheira bem, cheira a sardinhas...
Uma gaivota voava, voava,
a grande parva, não se cansava.
EFERREÁ... Á! EFERREÉ...É!
Não sei quando nem para onde fui, pela extraordinária quantia de 15 Escudos, nesta carreia da C.E.P. 5 - uma das empresas de camionagem nacionalizada em 1974.
Trago comigo, há um montão de anos, este bilhete da Rodoviária Nacional EP, cumprindo as instruções - dizia: CONSERVE-SE, eu conservei!!!
E porque não dizia até quando conservar, ainda o tenho.
E "03230" é uma Capicua - palavra engraçada esta.
Etimologia:
Tudo começou em Barcelona, há trilhentos anos.
Diziam que encontrar um número destes (palíndromos) no bilhete de autocarro era um claro sinal de bom agouro.
Vai daí, inventaram o vocábulo "capicua", composto de "cap+i+cua" - quer dizer, "cabeça e cauda", em Catalão.
PRIMEIRO - "A FAINA"
Abertura da época de Outono/Inverno de bailaricos na Porcalhota.
Foi no Sábado, 14 de Outubro, há 40 Anos na SFRAA, a festa durou até às tantas da madrugada.
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MAS... QUENTE, QUENTE, ESTEVE O DIA ALI PARA AS BANDAS DO PARQUE DAS NAÇÕES, em Lisboa Oriental.
""junto ao Estádio Nacional, vai nascer um novo cenário urbanístico de prestígio, com elevados padrões de qualidade arquitectónica, ambiental e paisagística, numa preocupação com a imagem urbana, concorrendo para cenários de elevada concepção.Pois, pois. Adeus veredas da mata do Estádio Nacional...
O Estudo Urbanístico para estes 40 hectares da freguesia de Caxias foi aprovado, por unanimidade, na Câmara Municipal de Oeiras, em Maio 2007.
Trata-se de um complexo multifuncional de luxo, que incluirá um hotel de cinco estrelas, um conjunto habitacional e uma área de serviços e comércio, entre outros""
CONTANDO SE FOSSE POSSÍVEL, NAS PRAIAS DE PORTUGAL,
QUANTAS BEATAS EXISTEM POR METRO QUADRADO DE AREAL.
UM METRO QUADRADO É QUADRADO COM UM METRO DE LADO.
HÁ PELO MENOS UMA EM CADA QUADRADINHO CONSIDERADO.
A propósito do nome da Praça, Carlos Relvas, fui verificar se era o mesmo Relvas, fidalgo da Casa Real, que todos conhecem como tendo sido o primeiro fotógrafo amador português, premiado em exposições no estrangeiro.
E era mesmo. Seguindo a tradição de família e da sua terra, a Golegã, ele foi também criador de cavalos e um optimo cavaleiro e toureiro (a cavalo e a pé) e bandarilheiro, amador.
Eu tinha uma dúvida:
- Porque é que MONSANTO DA BEIRA é a ALDEIA MAIS PORTUGUESA DE PORTUGAL?
Aqui há tempos, passei por lá e o assunto foi esclarecido (ou, como se diz agora, clarificado).
A origem dessa designação teve lugar em 1938, num concurso patrocinado pelo Secretariado Nacional de Informação (*), Cultura Popular e Turismo.
Pela sua originalidade ou autenticidade, esta aldeia foi então considerada como a mais Portuguesa, tendo-lhe sido atribuido o troféu GALO DE PRATA, cuja réplica se encontra no cimo da Torre (do Relógio) de Lucano.
A "vista" anterior, foi só uma ideia.
Mas...
se não gostaram (eu gostei, soube-me bem), ou, se têm outras sugestões, nem melhores, nem piores, mas apenas e só, diversas, podem dizer.
À vontade!!!
Pois, aquilo que é preciso, afinal, é que seja sempre um
BOM FIM DE SEMANA!!!!!
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Vistas bem as coisas, está um tempo mesmo bom para esta voltinha:
Tarde de Domingo de Outubro ensolarado no Jardim de Oeiras
Sabiam que,
desde há alguns anos se realizam três Feiras de Velharias por mês, no concelho de Oeiras?
Janelas e varandas viradas ao Sul e ao Sol que reflecte nas calmas águas da enseada de Algés e Dafundo.
É boa ideia,
a recuperação de edifícios na zona ribeirinha do Tejo.
Este já está pronto e tem andares à venda. Quanto custam três assoalhadas? Não perguntei...
Mesmo à saída de Lisboa,
logo a seguir ao que chamam a curva do Mónaco, a primeira praia da linha do Estoril: Caxias.
Na areia abrigada da brisa oceânica pelas paredes maciças do Forte(*), sentem-se bem, os 29 Graus da temperatura máxima prevista para o dia de hoje.
(*)
O Forte é de S. Bruno e foi encomendado por El-Rei D. João IV, um dos principais culpados da Restauração da Monarquia portuguesa e recuperação da nacionalidade em Portugal, em 1640.
Palavras - já se escreveram tantas poesias para este rio - não tenho mais.
Preciso ir a qualquer lado comprar. Talvez na drogaria, ou na farmácia??? Se calhar vou procurar algumas nos "ESTEIROS" do Soeiro...Depois poisou a vista no bote e estendeu-a rio abaixo.
Deviam ser horas. O praia-mar deitava lá para as cinco e as águas da maré já lambiam a ponta do esteiro, numa carícia tímida. Manuel do Bote, chapinhou de água o rosto tisnado e voltou à cabana.
- Chico... - sacudiu o filho adormecido. - Eh, rapaz!
Respondeu-lhe um regougo de outro mundo: - Nhor...
- Levanta-te! Ouviste?
Gineto limpou as trevas dos olhos às mãos, molengas; mas teimava no sono.
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O fotociclista "armado em paparasi",
escondido à sombra da bicicleta, capta a imagem de uma famosa desconhecida que decididamente resolveu espraiar o seu belíssimo bronzeado na areia morna da mais antiga praia de Lisboa - 26 Graus C, na recuperada Praia de Algés, na tarde de Outono de hoje.
Cheguei de viagem.
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A primeira participação da Maria, numa exposição colectiva, foi um sucesso.
Ah, pois foi. Diz-se que, vendeu pelo menos um quadro.
No passado Sábado, na Rua das Montras, nas Caldas-da-Rainha.
PARABÉNS!!!
Pelo que vi na reportagem fotográfica que recebi, temos artista.
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