Procura-se emigrante Algarvio.
Manuscritos de João da Rosa Orientados apenas pelas estrelas, as correntes marítimas e um mapa rudimentar, viajaram cerca de dois meses e meio, em luta contra o mar, as más condições de habitabilidade, a fome e a sede e evitando a Armada Francesa e os piratas. Todos os 17 tripulantes cruzaram o Atlântico e voltaram a casa sãos e salvos, trazendo a boa nova, que o príncipe concedera ao antigo Lugar de Olhão o título honroso de Vila de Olhão da Restauração.
Pedido de um ilustre membro da Sociedade dos Poetas Advogados do Brasil:
«Estou a tentar descobrir a origem dos meus ancestrais parentes em Portugal. Nessa busca, encontrei uma Escola na cidade de Olhão que tem o nome de meu bisavô João da Rosa. Teria o "Pessoal da Porcalhota" algum leitor nessa cidade que pudesse fazer uma pesquisa sobre Jão da Rosa e enviar para o meu e-mail morja@intergate.com.br os seguinte dados:
- Se essa Pessoa emigrou para o Brasil e em que ano?
- Ou uma biografia do mesmo.
Ficaria grato pela ajuda, Mário Osny Rosa.»
Eis então o 1º resultado da pesquisa do Pessoal
Os franceses que dominaram Portugal, durantes as Invasões, instalaram uma guarnição em Olhão, que desagradou sobremaneira ao povo do lugar.
Segundo o escrivão do Compromisso Marítimo João da Rosa, durante a preparação para os festejos populares de S. António, ao arranjar o altar que o Compromisso tinha na igreja, destaparam as armas, símbolo da independência nacional.
"Este gesto provocou uma grande euforia e sede de liberdade, e no dia seguinte os populares levantaram a bandeira portuguesa acima sem temer o inimigo nem a mais nada senão a sua liberdade e serem fiéis ao nosso amado príncipe”.
O 16 de Junho de 1808
Foi então que, à hora da missa, o Coronel José Lopes de Sousa, arrancou da porta da igreja um edital dos franceses e depois um outro edital exposto na porta da cadeia. A guarnição francesa foi aprisionada e as bandeiras portuguesas içadas. “Todos unidos a uma voz e a uma vontade e dispostos a todos os perigos, os olhanenses prepararam-se para lutar e honrar o seu Portugal".
Sem medo das ameaças dos franceses, capturaram as tropas que vinham por mar junto da Barra Nova, e mais tarde interceptaram uma coluna inimiga junto da ponte de Quelfes que se dirigia a Faro por terra. Movidos pelo exemplo de heroísmo do povo olhanense, os povos de Faro e Tavira juntaram-se e expulsaram os franceses de uma vez por todas.
Escreve João da Rosa: "nestes dias todos que estivemos alevantados contra os franceses não vinha pão nem nada de fora da terra para este lugar e nos defendemos tanto fez de noite como de dia, todos nós pegados em armas das que havia sem ninguém descansar".
A viagem ao Brasil
Com a expulsão dos franceses, um grupo de olhanenses resolveu levar a boa nova ao rei D. João VI e sua corte, que se encontravam refugiados no Brasil. Os heróis partiram de Olhão em 6 de Julho de 1808 no Caíque “Bom Sucesso”, um pequeno barco