Banho Azul
...e tudo ficou ainda mais azul, no Domingo, em Portugal.
Grandes e pequenas histórias e imagens, de e para os meus amigos, em especial aqueles que viveram na Porcalhota e partilham as memórias do tempo da Filarmónica.
...e tudo ficou ainda mais azul, no Domingo, em Portugal.
"NÃO SE TIRAM FOTOCÓPIAS",
dizia o aviso ao lado da maquineta de senhas de vez.
Quando vi, fiquei satisfeito. Isso queria dizer que eu podia guardar, as duas dúzias de fotocópias que trazia para confirmar documentos anexos ao Processo de Candidatura à Bolsa de Estudo, da minha miúda. Imaginem, cópias de,
«PORREIRO PÁ!, pensei, assim as FOTOCÓPIAS que me deram tanto trabalho a arranjar, vão poder servir para outra vez, para outras coisas.»declaração do IRS (6); liquidação do IRS (1); cartão de cidadão (1); NIB (1); NIF (1); recibos de vencimento (3); comprovativo de morada (1); certidão da segurança social (1); cópia do passe (1); recibo de renda de casa (1); valor do empréstimo da habitação (1); e mais outras tantas, a comprovar que, NÃO TRABALHA, NÃO DESCONTA, NÃO RECEBE ISTO, NEM AQUILO...
..e menos barulho!
Dá vontade de dizer, assinale as diferenças entre estas duas imagens:
1 - Sessão de trabalho no Parlamento Japonês.
Uma intensa troca de ideias, quer dizer "mimos", entre as bancadas da oposição e os partidários da maioria - isto sim, é uma "Moção de Censura".2 - Sessão de trabalho no Parlamento Português.
Por acaso, esta até apanhou as bancadas mais ou menos preenchidas e quase toda a gente parece estar acordada, a ouvir com muita atenção o discurso mensal do Primeiro Ministro.
«Cada vez menos interessante, este "Blog do Pessoal".»
Disseram-me há dias.
Ora bem, então é assim (será que leva dois pontos a seguir?):
«Eu prezo muito a opinião de cada um. Se dermos uma voltinha (e não é preciso ir muito longe) pela "blogosfera" encontramos facilmente dezenas, centenas de "Blogues" interessantes, até interessantíssmos, em Português e não só.
Por isso, tenho a informar que, enquanto eu não tiver coisa mais interessante para me ocupar algumas horas diárias, vou continuar a postar aqui no meu "blogue menos interessante preferido".»
«Bem lá no Alentejo, que dizem ser profundo, árabe, nascem os vinhos da Herdade da Bombeira. Vinhos da responsabilidade enológica de Paulo Laureano.
Vinhos das Arábias, como é o "Bombeira do Guadiana, Trincadeira 2005".
Mostrou-se ao mundo de forma muito sisuda. Introvertido. De poucas palavras. Quase que me fazia largar o copo. Fiquei tentado a não perder mais tempo com ele. Ainda bem que voltei atrás com as minhas intenções. Revelou possuir um carácter misterioso e desafiante. Conseguiu juntar a austeridade com a jovialidade de forma quase irrepreensível. O floral, a esteva, a terra quente ofereciam qualquer coisa que cativava, que prendia, que obrigava a ir cada vez mais longe. Será que o génio da lamparina tinha saído da sua clausura milenar?
Teria saído sem ter dado conta? Ou alguma princesa árabe estaria por ali, envolvendo-me na sua dança hipnotizante, rodopiando em meu redor, soltando suspiros perfumados por jasmim e alfazema?
Nota Pessoal: 17»
Este ano, apesar do convite (cumprimentos ao J.P.V.), apesar da agradável companhia, apesar da tentação das odaliscas, apesar da proposta de animadas sessões de "comes e bebes", eu não vou lá estar... mas tenho pena.«De 21 a 24 de Maio, haverá odaliscas e música em cada canto e as ruas da "vila museu" do baixo Guadiana, transformam-se num imenso "souk" com o soar de melodias de outras gentes, os vendedores de tapetes, os odores de incensos e ervas de cheiro...»
Estamos no Alentejo - e o Magrebe aqui tão perto - escreveu um cronista.
É o IV Festival Islâmico, em Mértola - e por isso, há vários meses que se encontram praticamente (só não estão totalmente, dizem, por causa da crise) reservados todos os quartos de hotel, de residenciais, de casas de turismo rural e até de casas particulares na vila e algumas léguas em redor.
Amigos, Quim, Paris - uma trilogia que eu gostarei sempre de rever, quanto mais não seja, nas imagens que ficam para recordar.
De passagem avistei Ouguela e os restos do seu valoroso castelo, na primeira linha das defesas anti-castelhanos desde os primórdios da nacionalidade.Só não percebo porque é que, entretanto, não mudaram os tempos em Campo Maior - na parte antiga e típica da cidade, já era tempo de fazer a limpeza dos telhados retirando da vista e da paisagem a "floresta" das arcaicas antenas de televisão.
Ouguela - em boa verdade vos digo, nunca tinha ouvido falar dela - uma terra que já foi importante, até teve um Visconde e hoje está reduzida a um "lugar" onde vivem umas poucas dezenas de habitantes.
Enfim... tempos de mudança.
Eis que o homem se eleva no ar, muito acima do chão que pisa, apenas com a ajuda de uma asa (leve como uma pena) em tudo semelhante a um dos projectos futuristas e visionários de "máquinas voadoras" e "pára-quedas" que o grande mestre Leonardo Davinci, expôs em pormenorizados desenhos, há quinhentos anos, nem mais...
Rectospectiva... para acabar com a expectativa.
No passado Domingo fiquei a saber coisas novas, por experiência própria:
(*) Estou mesmo a ver o pessoal daí a pensar: "Este gajo está maluco... então e a Calçada de Carriche.!?"
Pois é. Também eu, nesse dia, aprendi que há mais caminhos no nosso Portugal (des)conhecido.