Noite Americana
- Boa viagem e até para o ano, que é quase daqui a um mês - está combinado - na "Catedral da Cerveja" para almoçar e assistir ao jogo Benfica - Braga.
Grandes e pequenas histórias e imagens, de e para os meus amigos, em especial aqueles que viveram na Porcalhota e partilham as memórias do tempo da Filarmónica.
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- «Bolas, então para que é que haviam de pôr aqui um banquinho no alto do monte? Se não era para ver a maravilha dos contentores, não valia a pena, né..?»
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Moda Outono/Inverno nas praias da Costa Oeste (de Portugal).
Já vai ficando complicado manobrar a prancha nestas águas - parece que os engarrafamentos da "IC19" já chegam até ao mar da costa de Sintra.
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Uma pechincha (8,95€) dirão alguns, pois hoje o preço mínimo a pagar por um cruzeiro idêntico, começa nos 900,00€ - não é acessível a todas as bolsas. Mas, se atendermos ao nível de vida de então (anos 60), o valor que hoje não é nada, (1790$00) naquela altura, era muita massa. Apenas uma pequena - pequeníssima - parte da população tinha um ordenado mensal que se aproximava desta importância e o subsídio de férias era coisa que, praticamente não existia.A "Star - Turismo e Viagens", anunciava um Cruzeiro de fim-de-ano, à Madeira e às Canárias, no navio Santa Maria em que se ofereciam condições excepcionais - não era necessário passaporte, bastava o Bilhete de Identidade. «Satisfaça agora um sonho de sempre. Férias de Verão em Dezembro, no ambiente de um paquete de luxo e nos cenários surpreendentes da Madeira e das Canárias. Preços a partir de 1790$00».
Como se pode depreender por esta imagem, estima-se em cerca de um milhão de pisadelas por ano, que contribuem para o progressivo desgaste dos 50 metros de diâmetro do piso deste mosaico gigante, composto por um puzzle de vários tipos de mármore - alguns raros - que em certos pontos já tiveram que ser totalmente restaurados. Imaginem que até há quem goste de levar uma pedrinha como souvenir para casa!
Perante isto, os símbolos patentes no mosaico têm sido degradados, sobretudo os que se encontram no planisfério no centro da rosa-dos-ventos, a parte mais danificada. Assim, houve caravelas e naus completamente destruídas, sereias incompletas, rotas dos descobrimentos interrompidas e países destroçados, que tiveram que ser reconstituídos, na última grande reparação, em 2007.
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Recordo-me de lá ter ido várias vezes, duas delas para embarcar num cruzeiro, e não me lembro de prestar muita atenção aos famosos Painéis do Mestre Almada. Como eu, acho que, naquele tempo, a maioria das pessoas não "passava cartão" ao trabalho do Mestre, patente nas paredes interiores das estações marítimas. Tal facto, não era sinónimo de ignorância ou desprezo pela arte, mas sim porque as pessoas se deslocavam às gares marítimas com um propósito bem definido, e não era apreciar as grandes "pinturas":
a gente ia lá assistir à chegada de passageiros conhecidos, ou figuras famosas, ou simplesmente admirar e de certo modo, participar na festa de serpentinas que eram lançadas lá de cima da amurada dos grandes navios de durante o soltar das amarras do cais,
ou a gente ia lá para dizer adeus, acenar, gritar, chorar de alegria ou tristeza, à chegada ou à partida de um viajante amigo ou familiar - hoje, só os mais velhos de nós, sabem como foram as partidas dos transatlânticos com os nossos "contingentes" militares para a "Guerra do Ultramar".
"Aqui fica, um abraço de conforto, para os muitos amigos da Porcalhota, que foram actores nessas cenas dramáticas e sofreram na alma e no corpo, essa guerra."
- Olha ali uma caixa cheia de maçanetas de porta. Quanto será que custa aquela ali, de latão, bem redondinha? O que é que isso me interessa, eu não vou comprar, não preciso de nenhuma maçaneta!
- E terminais para os varões dos cortinados, mais uma caixa cheia. Claro que também não preciso - se precisasse, provavelmente comprava-os no "Aki" ou no outro ao contrário, como é?... isso "Ikea". Secalhar(*) até são mais baratos.
- Um abafador, duas bonecas bem vestidas, uma saboneteira, um tachinho de esmalte para cozer as batatas, uh... o que é aquilo? Formas de sapateiro, pois é, há por aí muita gente que nunca viu tal coisa. Não admira, também já não há sapateiros. Será que alguém vai comprar isto?
- Plainas de marceneiro, apetrechos admiráveis, muito difíceis de afinar e manusear. Quando era puto, lembro-me de ficar a ver os marceneiros (ou carpinteiros) a aplainar as portas para corrigir imperfeições. Aquele movimento, espécie de "swing", que só os artistas conseguiam - rápido, seguro, preciso, a força controlada o suficiente para raspar apenas umas lascas no sítio mais saliente. E depois passar os dedos pela superfície raspada e mirar - perfilar a aresta frente á vista desarmada e analisar o resultado.
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Aljustrel, 2006
«Mais uma prova de confiança no futuro da economia nacional», disse o primeiro-ministro que realçou o simbolismo e o "valor sentimental" que representa para o concelho alentejano, a reabertura do complexo mineiro, parado há 14 anos.
José Sócrates disse que o processo é agora irreversível, a partir do momento em que a Eurozinc rubricou o contrato com o Governo em que o Estado apoia com incentivos financeiros e fiscais o investimento de 76 milhões de euros, que vai criar 347 postos de trabalho a curto prazo - dois meses e está previsto iniciar a extracção rentável de minério, em 2008.Aljustrel, 2008
Investidos 150 milhões de euros no projecto, e quatro meses após a entrada em produção das 80 mil toneladas anuais de concentrado de zinco, um comunicado anuncia a suspensão de extracção de minério e o regresso da mina de Aljustrel à situação de manutenção das instalações. O presidente do grupo, lamenta a decisão de suspender a laboração, mas garante que "não havia outra opção", não só, mas também devido aos "baixos teores do minério" existente em Aljustrel. Anuncia ainda que a estimativa de prejuízos acumulados desde a fase de pré-produção, ascendem a 45 milhões de euros.
Massamá
7h15 - Despertar, à hora do costume
7h30 - Pequeno-almoço com o Miguel
8h00 - Caminhada até à Escola
8h15 - Tocou a campainha para início das aulas - o Miguel está "entregue". E eu fico livre, numa bela manhã daqueles dias de Inverno que... só em Portugal. Os primeiros raios de Sol rasando os telhados, acertam em cheio nas vidraças das janelas que reagem disparando reflexos amarelos dourados cujo brilho intenso perturba a visão, mas aquece a pele do rosto e o coração. No caminho de volta a casa, invade-me uma vontade crescente de viajar, para longe.
8h30 - Está decidido, hoje não trabalho... vou passear, vou mudar de ares
8h55 - Partida, definido o destino, nem olho para trás. Acho que não esqueci nada do essencial: no bolso, a carteira e o telemóvel; na mochila, o computador portátil e acessórios de ligação; na bolsa do cinto, a máquina fotográfica com cartões de memória e pilhas carregadas; na cabeça, os auscultadores ligados ao leitor MP3; na mão, a "Alma" (romance das memórias da juventude) de Manuel Alegre.
Barcarena
Comboio "Suburbano" - bilhete: 1,60€
9h00 - Monte Abraão; Queluz; Amadora
9h10 - Reboleira; Damaia; Benfica
9h20 - Sete Rios; Entre Campos; Areeiro
9h30 - Chelas; Marvila; Braço de Prata
9h40 - Oriente
Lisboa
Comboio "Alfa Pendular" - bilhete de 2ª Classe: 27,50€
10h10 - Oriente
11h46 - Coimbra-B
12h10 - Aveiro
12h40 - Vila Nova de Gaia
12h45 - Campanhã
Porto
Impressões de viagem (...brevemente)
- Olha quem ele é... o Ti Alfredo.
- Ó homem, diga-me cá, então JÁ TEM UM MAGALHÃES!!?
Os edifícios mais importantes, bem iluminados, constituem um apelo à fotografia de amador - como os outros turistas, não pude deixar de fazer algumas fotos.
Constatei, com agrado, que há turismo em Lisboa, à noite, quando ao subir a colina do Castelo até à Graça, encontrei muitos "camones" a passear, a fotografar ou simplesmente a relaxar nas esplanadas. Grupos e até casais solitários, lá iam eles, de guia em punho, por dentro da noite das ruas, embrenhados e empenhados na descoberta dos caminhos da cidade velha.
Há quanto tempo eu não dava um passeio a pé na noite lisboeta... talvez desde que deixou de ser hábito, ir com a família ver as iluminações de Natal nas ruas da Baixa. Há muito que isso deixou de ser um acontecimento. A novidade converteu-se em banalidade e hoje, em quase todos os lugares, cidades e vilas, já se acenderam, muito antes da quadra natalícia, os enfeites de luzinhas coloridas.
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«No dia 2, a Feira das Trocas,
feira à moda antiga onde se faziam as trocas dos produtos do fumeiro, da capoeira e da horta. De namorada, conversado ou fato domingueiro, do "magusto" e das "trocas de olhares"! E logo vinha o "troco". Uma onda homérica de pancadaria varria o terreiro... que o Sargento da Ronda e as Ordenanças da Guarnição vinham acalmar e dar ordens de recolher aos "varapaus"!»Quando da minha última passagem pela feira no Cerdal, pude constatar (gravar e fotografar) a verdade dos factos descritos neste texto, retirado do Arquivo Histórico do Alto Minho:
- Ora, muito boa noite meus caros, por acaso algum dos senhores doutores estará interessado em fazer uma troca comigo?
- EU QUERIA VER SE TROCAVA ISTO POR UM MAGALHÃES..!
Há cinquenta anos, este ramo de árvore carregado de bolinhas de resina, era uma preciosidade, um achado importante para um puto da Porcalhota com 9 ou 10 anos.
Depois, apareceram os tubos de Cola Branca para papel e cartolina (da "Cisne") que a gente usava nos Trabalhos Manuais, no Ciclo Preparatório ou no Liceu. Todavia, em casa, continuava a usar a Goma Arábica.Naquele tempo, se eu encontrasse no campo um Pessegueiro (Alpercegueiro, Pereira
ou Ameixoeira) com um ramo assim como este, certamente que não lhe tirava a fotografia - isso nem passava pela cabeça de um puto que andava na 4ª classe - primeiro porque nem sequer tinha máquina fotográfica e depois porque a fotografia não me iria servir para nada.
O que eu fazia era sacar do canivete e rapar todas as bolinhas de resina para levar para casa. Isso sim, servia para alguma coisa - para fazer cola. Chamava-lhe "Goma Arábica" porque esta resina era igualzinha à que vendia o Sr. Américo, na Drogaria em frente à Filarmónica.
Punham-se ao lume umas quantas bolinhas dentro de um púcaro com água e depois de diluída a mistura, deixava-se espessar um bocadinho - aí estava a cola perfeita para fixar na "Caderneta" os "Cromos da Colecção de Figuras Ilustres" ou os "Bonecos da Bola".
Há dias, durante a descida da escarpa Oeste do monte mais alto da Estremadura, parei alguns momentos para apreciar a paisagem que se estendia lá em baixo na imensidão dos valados.
O casario de uma aldeia longínqua, prendeu a minha atenção - o traçado daquele povoado era-me familiar. Vai daí, assestei os meus potentes binóculos (que prescrutam o espaço e o tempo) sobre o local e... ora aqui está:
«Bem que eu desconfiava! Eu sabia que se tratava de um lugar bem conhecido do Pessoal da Porcalhota - Estribeiro - onde decorreu, como podem ver nest'outra fotografia, o tradicional Encontro anual, em Janeiro, do Pessoal.»
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