Depois do almoço (que acabou 8 da tarde) fiquei a pensar no Leonardo de Pisa, filho de Bonacci.
Nasceu em Pisa, final do século XII e acompanhou o pai, grande mercador internacional, em viagens por todo o mediterrâneo, incluindo o norte de África. Aqui, Leonardo de Pisa (Fibonacci) contactou com a cultura árabe e com as ideias matemáticas da região, vindo a reconhecer a enorme vantagem do sistema matemático árabe devida, em grande parte, ao facto da numeração árabe ser mais simples que a romana.
Fibonacci, tornou-se estudioso e escreveu o "Liber Abaci“, o livro que em 1202, introdoziu na Europa a numeração árabe e veio demonstrar a utilidade prática do sistema numérico decimal Hindu/Árabe, através da sua aplicação à conversão de pesos e medidas, contabilidade, câmbio e cálculo de percentagens.
Actualmente, o nome Fibonacci é conhecido da maioria das pessoas, devido ao famoso "Código Davinci", o "best seller" que quase todo mundo já leu, onde se divulga a sucessão de números naturais, que têm origem num problema enunciado no “Liber Abaci“:
«Quantos pares de coelhos serão produzidos num ano, começando com um único par se, em cada mês, cada par gerar um novo par que se torna fértil no mês seguinte?
Segundo Fibonacci, o resultado exprime-se numa sucessão de números, em que cada termo, depois do primeiro, é obtido adicionando os dois anteriores.
A sucessão é assim: 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, 144...»
Há mais outras curiosidades acerca desta série de números, mas isso fica para os estudiosos. A sucessão de Fibonacci constata-se em várias áreas da actividade humana, nas ciências (conversão de milhas para quilómetros, na análise económica) e nas artes (afinação de instrumentos musicais, cordas, percussão), etc.
- «Ó "Chefe" Costa, será que na escala do Trombone também se encontram números de Fibonacci?»