Ponte Romana em Monforte.
Hoje, dei uma voltinha pelo interior para matar saudades da paisagem do Alto Alentejo.
Como notas da viagem, pouca coisa: Arraiolos - a principal casa de tapetes local, onde fui entregar o meu tapete rasgado para arranjar é propriedade, há 20 anos, de uma mulher do norte, a D. M. do Sameiro que por acaso é de Braga. Tipicamente alentejana diz que o arranjo vai demorar um tempinho. É preciso calma, diz-me "Roma e Pavia não se fizeram num dia". Pois, eu conheço Roma e aceito a afirmação, mas também conheço Pavia (é ali perto) e não consigo perceber a analogia.
Evoramonte - também aqui um homem do norte tomou conta do negócio. Foi D. Afonso Henriques, ajudado pelo famoso Giraldo Sem Pavor. É de visitar a imponente casa de caça dos Duques de Bragança, onde foi assinada a Convenção de 1834 que pôs termo às Lutas Liberais. Só que a auto-estrada passa mesmo na base deste monte que já faz parte da Serra de Ossa, mas a saída mais próxima fica a 20 kms, em Estremoz.
Estremoz - aqui foram os "camaradas" do leste que conquistaram os poucos postos de trabalho disponíveis. Todas as empregadas falavam perfeitamente português da Rússia ou da Ucrânia, no mais conhecido restaurante da cidade, o "Águias d'Ouro" (bom gosto no nome). É propriedade do Sr. Panaças e fica no Rossio do Marquês de Pombal, coisa difícil de perceber para um lisboeta, esta de meter o Rossio no Marquês.
O resto, bem o resto é paisagem, sempre espectacular!!! Alentejanos, encontrei muito poucos, parece que fugiram todos para a Porcalhota.